Saúde

Jovem de 28 anos falece em Canoinhas: suspeita da causa é de leptospirose ou hantavirose

20 de outubro de 2023 - Atualizado há 5 meses atrás
6 minutos de leitura

Por Redação 97

Jovem de 28 anos falece em Canoinhas: suspeita da causa é de leptospirose ou hantavirose

Foto: Meramente ilustrativa

Na quinta-feira (19), um jovem de 28 anos veio a óbito no município de Canoinhas, e as autoridades de saúde estão investigando as causas da morte.

O Ambulatório de Epidemiologia, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde do município, está à frente da investigação e suspeita que a leptospirose ou a hantavirose possam estar envolvidas. Para obter uma confirmação definitiva, foram coletadas amostras do paciente, as quais foram encaminhadas para análise em laboratório especializado.

A secretária de Saúde, Francieli da Costa Colla, explicou: “A confirmação das causas da morte só será possível após a obtenção dos resultados dessas análises minuciosas.” O falecimento do jovem deixou a comunidade local em luto e em busca de respostas para esse triste acontecimento.

Leptospirose

A leptospirose é uma doença grave, causada por uma bactéria presente na urina contaminada de animais, principalmente ratos. A bactéria penetra no corpo através de machucados e, até mesmo, da pele sadia quando a pessoa fica muito tempo dentro da água. Por isso, o risco é maior em épocas de enchentes e alagamentos.

Os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da gripe, começando de forma abrupta, com febre alta, dor de cabeça, mal-estar e muitas dores no corpo. Um sintoma bastante característico é uma forte dor nas panturrilhas (batata da perna). A leptospirose pode evoluir para quadros graves, com aparecimento de icterícia (a pele fica com um tom amarelo-avermelhado). Os sangramentos podem aparecer na fase mais avançada, com dificuldade respiratória e pode levar a óbito.

Medidas de prevenção:

– Evite contato com água ou lama de enchentes e não deixe que crianças brinquem no local;

– Use botas e luvas quando trabalhar em áreas com água possivelmente contaminada, como é o caso de alagamentos. Se isso não for possível, use sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés;

 – Quando as águas baixarem é necessário retirar a lama e desinfetar as casas, sempre se protegendo com luvas e botas. O chão, paredes e objetos devem ser lavados e desinfetados com água sanitária (Hipoclorito de Sódio 2,5%), na proporção de dois copos (200 ml cada) do produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos;

– Jogue fora alimentos e medicamentos que tiveram contato com a água dos alagamentos;

– Lembre-se que serpentes, aranhas e escorpiões podem estar em qualquer lugar da casa, principalmente em locais escuros. Nunca coloque as mãos em buracos ou frestas. Use ferramentas como enxadas, cabos de vassoura e pedaços compridos de madeira para mexer nos móveis. Bata os colchões antes de usar e sacuda cuidadosamente roupas, sapatos, toalhas e lençóis;

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Hantavirose

A hantavirose é uma doença aguda grave causada pelo hantavírus (presente em roedores silvestres) e que em nosso meio se manifesta como uma síndrome cardiopulmonar podendo levar a morte em apenas 72 horas.

Fase inicial, a Hantavirose causa os seguintes sintomas:

  • febre;
  • dor nas articulações;
  • dor de cabeça;
  • dor lombar;
  • dor abdominal;
  • sintomas gastrointestinais.

Fase cardiopulmonar, os sintomas da hantavirose são:

  • febre;
  • dificuldade de respirar;
  • respiração acelerada;
  • aceleração dos batimentos cardíacos;
  • tosse seca;
  • “pressão baixa”.

Como prevenir?

A prevenção das hantavirose baseia-se na utilização de medidas que impeçam o contato do homem com os roedores silvestres e suas excretas (resíduos eliminados do organismo).

As medidas de controle devem conter ações que impeçam a aproximação dos roedores, como, por exemplo, roçar o terreno em volta da casa, dar destino adequado aos entulhos existentes, manter alimentos estocados em recipientes fechados e à prova de roedores, além de outras medidas que impeçam a interação entre o homem e roedores silvestres, nos locais onde é conhecida a presença desses animais.

Da redação com informações do Correio do Norte parceiro do Portal 97

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