Em Davos, Bolsonaro diz que vai abrir economia e colocar país entre os 50 melhores para se fazer negócios
22 de janeiro de 2019
- Atualizado há 5 meses atrás
6 minutos de leitura
Por Redação 97
Poder Ideias - Almoço com o pré -candiadato a Presidência da República, Dep. Jair Bolsonaro, no rastuatente Piantella. Brasília, 08-05-2108. Foto: Sérgio Lima/Poder 360
O presidente Jair Bolsonaro, em discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos, disse que vai abrir a economia brasileira para o mundo e colocar o país entre os 50 melhores para se fazer negócio.
No discurso de seis minutos, Bolsonaro afirmou que:
o governo investirá “pesado” em segurança para que estrangeiros visitem mais o Brasil
pretende “avançar” na compatibilização de preservação ambiental edesenvolvimento econômico
diminuirá a carga tributária para “facilitar a vida” de quem produz
trabalhará pela estabilidade macroeconômica
respeitará contratos
promoverá privatizações
buscará o equilíbrio das contas públicas
colocará o Brasil no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios
fará a “defesa ativa” da reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC)
defenderá a família e os “verdadeiros” direitos humanos
protegerá o direito à vida e à propriedade privada
promoverá uma educação voltada aos desafios da “quarta revolução industrial”
O presidente ressaltou em diversos momentos que pretende intensificar as relações comerciais do Brasil e atrair investidores para o país.
“O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste governo”, disse o presidente. “Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia”, completou.
Segundo ele, o prazo para incluir o país no ranking dos 50 melhores para se fazer negócio é o final do mandato. Em uma lista divulgada pelo Banco Mundial em outubro de 2018, o país estava na 109ª posição.
“Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios”, disse o presidente.
Bolsonaro afirmou ainda que vai se empenhar para aprovar as reformas “de que precisamos e que o mundo espera de nós”.
No discurso, ele não mencionou nenhuma reforma especificamente. Depois, numa sessão de perguntas e respostas com o presidente-executivo do Fórum, Klaus Schwab, o presidente citou a reforma da Previdência e a tributária.
Em linhas gerais, Bolsonaro ainda expôs quais são as metas que o governo vai buscar na economia. Ele destacou a diminuição da carga tributária e uma simplicação das normas para estimular o setor produtivo. O presidente também disse que o governo vai realizar privatizações e agir para equilibrar as contas públicas.
“Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos. Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas”, disse o presidente no discurso.
Sem ‘viés ideológico’
Bolsonaro enfatizou que o Brasil vai construir parcerias no cenário internacional sem o que chamou de “viés ideológico”.
“Nossas relações internacionais serão dinamizadas pelo ministro Ernesto Araújo, implementando uma política na qual o viés ideológico deixará de existir”, disse o presidente.
Na sessão de perguntas e respostas, ele afirmou que o Brasil pretende fazer negócios com todos os países “que comungam com práticas semelhantes à nossa”.
Meio ambiente
Havia uma expectativa em torno da abordagem que Bolsonaro daria em seu discurso ao tema da preservação ambiental. O Brasil é reconhecido na comunidade internacional como um dos países protagonistas no debate sobre meio ambiente. No entanto, declarações de Bolsonaro depois de eleito geraram dúvidas sobre a atuação do país nessa área.
No discurso em Davos, Bolsonaro disse que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente e afirmou que o governo quer compatibilizar preservação ambiental e biodiversidade com avanço econômico.
“Nossa missão é avançar na compatibilização da preservação do meio ambiente e biodiversidade com avanço econômico”, afirmou.
“Hoje, 30% do Brasil são florestas. Então, nós damos, sim, exemplo para o mundo. O que pudermos aperfeiçoar, o faremos. Nós pretendemos estar sintonizados com o mundo na busca da diminuição de CO2 e na preservação do meio ambiente”, complementou o presidente depois do pronunciamento, na sessão de perguntas e respostas.
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