Os demonstrativos das despesas com pessoal de 2019 mostram o gasto total com funcionalismo de R$ 57.468.935,54 que representa 51,87%. Extrapolando o limite prudencial de 51,30% e valor estipulado de R$ 56.839.634,73. Ou seja, quase meio milhão a mais que os valores tidos como referência do teto de gastos com servidores na gestão municipal de Luiz Adyr Gonçalves Pereira.
Em 2020, o relatório fiscal aponta o gasto de R$ 55.474.753,98, ficando no índice de 46,08%. Neste ano o limite prudencial era R$ 61.760.076,60 e Receita Corrente Líquida R$ 120.790.012,87, ou seja, quase R$ 9,5 milhões a mais que os R$ 111.320.662,34 de 2019. Até por conta de repasse de enfrentamento da Covid-19, a arrecadação no último ano da gestão 2017/2020 foi maior.
Recentemente o assunto tomou as discussões da Câmara de Vereadores em que a oposição se gabou desse percentual de 46,08%, apontado como sendo medida de eficiência administrativa de Luiz Adyr. O assunto foi pontuado pelo vereador Jorge Manfroni na presença da prefeita Fernanda Sardanha, durante a sessão de abertura dos trabalhos do Legislativo Municipal, em 02 de fevereiro de 2021.
Apurado pela reportagem, as informações prestadas pela prefeitura e divulgadas oficialmente mostram que este dado realmente em 2020 foi abaixo do limite prudencial, ficando em 46,08%. Sobretudo porque contratos de funcionários do Processo Seletivo Simplificado (PSS), especialmente da Educação, foram interrompidos e diversos outros servidores deixaram a administração para concorrer nas eleições.
Esta manobra administrativa, somada de uma arrecadação 8,5% maior que em 2019 levou a este índice em 2020. Contudo, esclarecendo que em 2019 o limite prudencial foi ultrapassado. Por não haver reposição dos servidores que saíram do quadro funcional e cenário imposto pela pandemia da Covid-19, este índice pode supostamente gerar uma interpretação equivocada de boa gestão financeira.
Informação esta confrontada justamente pelo ano anterior, 2019, quando a gestão do prefeito Luiz Adyr extrapolou os 51,30% do limite prudencial de despesas com pessoal, ficando no percentual de 51,87%. Somado a este dado, ainda, a não concessão de reajuste salarial solicitado pelos funcionários e a defasagem de anos anteriores não reposta. Em 2020 somado, ainda, de um congelamento de salários para servidores públicos no Brasil.
Da redação com foto Portal Cultura Sul FM