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Polícia fala sobre caso de indígena que morreu após ser estuprada no PR

24 de setembro de 2024 - Atualizado mês passado
6 minutos de leitura

Por P97

Polícia fala sobre caso de indígena que morreu após ser estuprada no PR

Seguem as investigações sobre o caso da indígena que foi encontrada por populares, caída às margens da BR 277, no km 472, em Nova Laranjeiras. A jovem, de 22 anos, estava caída em plena luz do dia, no domingo (22)

Ela foi hospitalizada em Laranjeiras do Sul e na sequência transferida para Guarapuava, após algumas horas, não resistiu aos ferimentos e morreu.

A  2ª Subdivisão Policial de Nova Laranjeiras emiti nota, e diz que as evidências apontam que o crime foi cometido por uma pessoa, e não por um grupo.

NOTA NA ÍNTEGRA

“No local onde a vítima recebeu o primeiro atendimento médico, é comum que pequenos grupos de indígenas ali se reúnam, normalmente aos fins de semana. Algumas pessoas passam mais de um dia ali, sem retornar para suas casas, dormindo neste mesmo local ou nas proximidades.

A vítima encontrava-se neste ponto pelo menos desde a noite de sábado, acompanhada de seu marido, de um casal, e de outros cinco homens, pessoas estas de seu círculo de convivência, tendo eles passado a noite e a madrugada confraternizando e ingerindo bebida alcoólica em grande quantidades.

Durante a manhã, ela reclamou de dores na barriga, começando a apresentar um sangramento. Após isto, uma das pessoas que a acompanhava procurou um terceiro, que, por sua vez, acionou o socorro.

No hospital em Laranjeiras do Sul, verificou-se que haviam lesões que indicavam que a vítima havia sofrido abuso sexual, bem como que esse quadro clínico era bastante sensível, sendo ela transferida para Guarapuava, onde, mais tarde, veio a falecer.

A Polícia Civil ainda não recebeu a cópia dos prontuários médicos de seu atendimento, tampouco recebeu do IML o laudo de exame de necropsia, não sendo possível, por enquanto, informar a causa da morte e a sua relação com o evento.

Não há, até o momento, nenhuma informação de que a vítima tenha revelado o que ocorreu com ela aos profissionais da saúde que realizaram o seu atendimento, embora as diligências ainda estejam em andamento, podendo alterar esse panorama.

Os detalhes do que ocorreu durante essa noite e madrugada ainda são objeto de investigação. A divulgação daquilo que já foi possível apurar atrapalharia o trabalho policial. Pode-se dizer, tão somente, que até o momento as evidências apontam no sentido de que o crime foi cometido por uma pessoa, que já foi interrogada e que negou a autoria. 

De toda forma, até a conclusão das investigações, a Polícia Civil não descarta a possibilidade do envolvimento de mais de uma pessoa no caso. O trabalho, contudo, dada a complexidade dos fatos, ainda não está finalizado e novas diligências/informações poderão alterar o panorama durante o curso do inquérito policial.

Por fim, esclarece-se que todos os esforços por parte da 2ª S.D.P. estão sendo empregados e que as investigações desse complexo caso seguirão até o completo esclarecimento dos fatos”.

ATUALIZAÇÃO

A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) prendeu o suspeito de estuprar a indígena de 22 anos que morreu após acordar com dores e sangramento em Nova Laranjeiras, na região central do Paraná.

De acordo com o delegado Marcelo Trevizan, as investigações apontam que o suspeito é o marido da vítima, de quem ela estava separada. A suspeita é que o crime tenha sido cometido por ciúmes, afirma. O nome do suspeito não foi revelado. O g1 tenta identificar a defesa dele.

Trevizan afirma que o homem, que tem 29 anos, foi preso preventivamente nesta quinta-feira (26).

O crime foi tipificado como estupro qualificado, com agravante por conta de a vítima ter morrido. O Código Penal prevê pena de 12 anos a 30 anos de prisão pra o crime.

O delegado explica que, agora, aguarda os resultados dos exames periciais e outros documentos para concluir o inquérito dentro do prazo legal de 10 dias.

“A Polícia Civil faz um agradecimento especial à comunidade indígena de Nova Laranjeiras e às suas lideranças pelo apoio e auxílio prestados durante a investigação, sem os quais seria impossível apresentar este resultado de forma tão célere”, destaca o delegado responsável pelo caso.

Fonte: Catve

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