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Pedreiro Hélio Aracheski Ochinski é condenado a mais de 19 anos de prisão pela morte de Lucimari Ribeiro

10 de abril de 2025 - Atualizado há 22 minutos atrás
3 minutos de leitura

Por P97

Pedreiro Hélio Aracheski Ochinski é condenado a mais de 19 anos de prisão pela morte de Lucimari Ribeiro

Foi julgado na terça-feira, 8 de abril, em São João do Triunfo, o caso que comoveu a região e envolveu a morte de Lucimari Ribeiro. O réu, Hélio Aracheski Ochinski, que trabalhava como pedreiro para a família da vítima, foi condenado a 19 anos, 9 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

O desaparecimento de Lucimari foi registrado no dia 4 de outubro de 2023. Ela foi vista pela última vez por volta das 18h, ao sair do trabalho em uma clínica odontológica em São Mateus do Sul, acompanhada de Hélio, que prestava serviços de reforma em sua casa. Desde então, ambos não haviam sido mais vistos.

O carro do pedreiro foi localizado em Porto Feliz, zona rural de São João do Triunfo, com marcas de sangue, pertences da vítima e a marreta usada no crime. Hélio foi encontrado no dia 6 de abril e, em depoimento à Polícia Civil, confessou ter golpeado Lucimari e jogado seu corpo em um rio da região.

Em conversa com o Portal P97, o responsável pelo júri, Dr. Paulo Cesar Pinhata Iemma, promotor substituto, repassou detalhes da condenação. Segundo ele, o crime teve motivação fútil:

“Segundo confessou Hélio Aracheski Ochinski durante a investigação policial, o motivo do crime foi o fato de a vítima ter criticado o trabalho que ele realizava em uma obra e por tê-lo chamado de ‘idiota’. O Conselho de Sentença, formado por sete jurados, reconheceu que se tratou de motivo fútil e, por consequência, a pena foi majorada”, explicou o promotor.

Entre as provas consideradas essenciais, o promotor destacou:

  • A localização do veículo utilizado para transportar a vítima, com marcas de sangue, pertences de Lucimari e a marreta usada no crime;
  • O trabalho da Polícia Civil em mapear o trajeto do carro do acusado com base em câmeras de segurança;
  • E a confissão detalhada de Hélio, na qual ele relatou como cometeu o homicídio e onde teria ocultado o corpo.

Durante o julgamento, o réu demonstrou arrependimento, segundo o promotor.

Inicialmente, o Ministério Público havia solicitado o reconhecimento do crime como feminicídio. No entanto, essa qualificadora não foi acatada pela Justiça:

“Embora o Ministério Público tenha aditado a denúncia para incluir a qualificadora do feminicídio, a decisão de pronúncia entendeu que não havia comprovação da presença desta qualificadora. Entretanto, as demais — motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima — foram acatadas pelos jurados”, destacou Dr. Paulo Iemma.

A pena, que soma 19 anos, 9 meses e 15 dias, deverá ser cumprida em regime fechado. Hélio não poderá recorrer em liberdade.

O promotor também informou que há possibilidade de recurso por ambas as partes: o Ministério Público e os assistentes de acusação podem buscar aumento da pena, enquanto a defesa pode tentar reduzi-la ou pleitear novo julgamento.

 

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