A dona da creche clandestina onde um bebê de quatro meses morreu foi solta após pagar fiança de R$ 3 mil. O crime ocorreu no Tatuquara, em Curitiba, na manhã desta segunda-feira (19). Equipes do Corpo de Bombeiros tentaram reanimar a criança, que se afogou com leite, mas não havia sinais vitais.
O homem que foi preso na ocasião continua detido por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), outras 20 crianças entre 3 e 8 anos estavam na creche clandestina, mas a vítima era o único bebê. O Conselho Tutelar e as famílias foram acionados para resgatar as outras crianças do local. Dois idosos que viviam em uma casa anexa da creche também foram recolhidos pela Assistência Social.
O delegado da PCPR Fabiano Oliveira afirmou que as investigações apontam que a creche estava funcionando há dez anos.
“A creche teria chegado inclusive a ser fiscalizada pelo poder público através da Vigilância Sanitária e também do Conselho Tutelar. Nós vamos estar oficializando esses dados, pedindo cópia da documentação, do relatório, enfim, de todas as propostas que foram tomadas em razão dessas visitas, para apurar ali se houve qualquer tipo de negligência em lidar com essa situação”, disse o delegado.
O delegado alertou para que a população evite ao máximo recorrer a esse tipo de serviço clandestino de cuidado de crianças. Além disso, os responsáveis devem procurar informações sobre aqueles que cuidam dos seus filhos, qual a experiência que eles têm, se eles têm algum tipo de treinamento de primeiros socorros ou de enfermagem.
Creches municipais não tiveram aula na segunda
No interrogatório, o casal que havia sido preso informou que a creche clandestina estava com superlotação na manhã de segunda porque não houve aula nas creches municipais. A prefeitura confirmou que os professores estavam realizando uma atividade pedagógica. Leia a nota na íntegra:
A Prefeitura de Curitiba lamenta profundamente a morte do bebê de 4 meses nesta segunda-feira (19/05) e está colaborando com as investigações da Polícia Civil para que o caso seja esclarecido o mais rápido possível. A Vigilância Sanitária esteve no local em 2022, numa ação educativa e de orientação, mas não havia nenhuma criança no local no momento da abordagem. Após essa data não houve nenhuma denúncia referente ao local. Nesta segunda-feira (19/05), os professores estavam com atividades pedagógicas para a elaboração da avaliação das crianças do trimestre letivo. A atividade aconteceu somente no período da manhã e estava prevista no calendário escolar para todo o sistema municipal de ensino, aprovado por comissão intersetorial composta por representantes dos segmentos da Secretaria Municipal de educação, núcleos regionais sindicatos e conselhos.
Fonte: Bem Paraná
