A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) intensificou ações informativas e educativas junto aos produtores rurais para assegurar a aplicação adequada de agrotóxicos. O objetivo é assegurar eficiência na proteção das lavouras e reduzir riscos associados à deriva, impactos ambientais e sanções legais.
Em evento técnico realizado recentemente, os representantes da agência destacaram os avanços na capacitação dos produtores e a modernização dos equipamentos de pulverização. Segundo o diretor de Defesa Agropecuária, Renato Young Blood, a iniciativa reforça investimentos estruturais na qualificação do uso seguro dos defensivos agrícolas . Entre os resultados já alcançados, mais de 90% dos pulverizadores analisados em fiscalizações internas estão dentro dos padrões adequados para aplicação .
Capacitação e boas práticas
A Adapar ofereceu orientações práticas sobre:
- Escolha e preparação dos equipamentos: manutenção de pulverizadores, pontas de aplicação adequadas e uso eficiente da calda fumegante.
- Condições ambientais durante a aplicação: atenção ao clima, velocidade do vento e temperatura para minimizar a dispersão indevida do produto.
- Uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): seleção e uso obrigatório para proteção da saúde do operador.
- Registro e documentação: importância de manter registros da aplicação, compra dos produtos e da prescrição técnica legalmente exigida .
Prevenção da deriva: tema central nas orientações
A deriva — quando parte da aplicação se desloca para áreas fora da cultura alvo — foi um dos principais temas discutidos. O uso inadequado pode causar contaminação de áreas sensíveis, como pomares, criação de animais, cursos d’água e vegetação nativa. A orientação visa evitar prejuízos econômicos e riscos sanitários e ambientais .
Além disso, os técnicos destacaram que a realização de inspeções preventivas em pulverizadores é uma das principais frentes do trabalho da Adapar para melhorar a qualidade das aplicações. Essas inspeções geralmente incluem análise do funcionamento dos equipamentos e indicação de ajustes necessários para reduzir falhas na aplicação.
Trajetória e resultados
Embora o escopo das ações tenha sido abrangente ao Estado, o foco da estratégia é garantir que cada produtor esteja apto a aplicar defensivos com segurança, minimizando riscos operacionais e legais. A meta é reduzir custos e promover a conformidade com a legislação federal e estadual, que exige prescrição técnica e critérios rigorosos de aplicação.
Com base em dados recentes, a agência concluiu que há um avanço claro na adequação dos procedimentos técnicos nas propriedades paranaenses. A adesão às orientações reflete o compromisso dos produtores com práticas mais seguras e sustentáveis.
Informações: AEN