Ildefonso Kviatkoski Junior foi esfaqueado em Antônio Olinto na esquina das ruas Ernestina Weunhart da Silveira e Vereador Adelino Cordeiro, próximo da sua residência – em torno de 30 metros da casa onde morava. Sua morte aconteceu na noite do dia 26 de março de 2017, data do aniversário de 43 anos, por volta das 20h. A vítima e o acusado demandavam relação de trabalho e acerto de contas.
A 3ª Subdivisão Policial (SDP) de São Mateus do Sul realizou, no dia seguinte ao homicídio, a investigação por determinação do delegado Jonas Eduardo Peixoto do Amaral. No processo 0003138-72.2017.8.16.0158 é apontado o arrombamento de porta lateral da moradia, indício de luta corporal e tentativa de a vítima fugir para o lado de fora, onde acabou golpeado e não resistiu aos ferimentos.
Ao lado do corpo, os investigadores coletaram um facão, “porém sem vestígios de sangue”, segundo o relato. Não apontado de imediato se havia outra arma cortante relacionada ao crime. Ildefonso sofreu diversas perfurações nas mãos, peito, costas e barriga, conforme consta no processo. Uma tia dele, que esteve na residência até uma hora antes da morte, apontou o suposto autor: Tiago Colaço dos Santos.
A apropriação de um caminhão, de posse de Ildefonso e dita por Colaço no depoimento ser por acerto da dívida de parceria anterior e registrado por Kviatkoski Junior como roubo sobre ameaça de arma de fogo, gerou a demanda entre a vítima e o suposto agressor. Tiago não negou em depoimento ter acertado o conflitante após luta corporal iniciada dentro da casa, mas disse não ter arrombado a residência.
Tiago Colaço foi indiciado como suspeito por ter rondado de carro à residência, cerca de uma hora antes da morte de Ildefonso e visto pela tia da vítima. Tendo ainda a alegação atribuída ao sobrinho de medo de ser interpelado ou agredido, portando um facão para tentar se defender, caso isso viesse em ocorrer. Familiares buscaram, inclusive, a redação para citar a dor por demora no julgamento desse caso.
O indiciado afirmou, em depoimento, ter entrado na residência da vítima, mas sem arrombar a porta, para o acerto de contas, que envolvia além do caminhão um veículo Monza. Uma hora antes disso ele teria passado na casa de Ildefonso e o mesmo solicitou retorno posterior para não envolver na história a parente que lhe visitava. Fato que instigou o retorno por volta das 20h e posterior briga.
Essas afirmações estão no depoimento de Colaço em 4 de abril de 2017. Ali consta a informação de que a vítima teria negado o acerto de valores e puxado o facão. Na sua versão a luta corporal teria danificado a porta da casa, seguida do ato de tomar o facão de Ildefonso na rua e atingir o mesmo, sem precisar o local ou a quantidade de golpes. Tendo se retirado do dali, em seguida, sob ameaça de vizinhos.
No dia 31 de maio as testemunhas desse processo foram ouvidas e o processo tramita na Justiça. A expectativa de familiares é de julgamento e condenação do agressor. Isso consta num documento disponibilizado para a redação, escrito à mão e assinada por Soely Pacheco dos Santos, no caso, mãe de Ildefonso. O texto é direcionado ao Promotor de Justiça e faz um apelo para que “a Justiça seja feita.”
“A dor que sinto esmaga meu coração diariamente”, cita a mãe mencionando o fato e sua revolta por conta de o indiciado ainda não ter sido julgado, passados mais de cinco anos da morte de seu filho. Soely menciona medo de ocorrer novos conflitos entre familiares e o acusado da morte de Ildefonso. “Com esperança e lágrimas nos olhos aguardo a Justiça”, escreve. Pedindo e implorando para isso acontecer.
Da redação com informações do processo disponibilizadas para a redação e imagens de arquivo da família de Ildefonso.