O novo partido, juntando o DEM e PSL, foi confirmado em reunião na tarde desta quarta-feira (29/09) em Brasília. Lideranças das duas siglas já haviam aprovado a fusão e, por meio de suas cúpulas, votaram e decidiram pela nova identidade. O União Brasil usará o número 44 e terá uma logo com as cores da bandeira brasileira. Uma convenção vai sacramentar o ato para posterior homologação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Uma das siglas, o PSL, elegeu o presidente da República, Jair Bolsonaro, em 2018, mas que atualmente está sem partido. Também o deputado estadual Emerson Bacil que ainda não se pronunciou oficialmente sobre a fusão e novos rumos relacionados ao União Brasil. Até então, DEM/PSL contam, juntos, com 50 prefeitos no Paraná, 56 vice-prefeitos, 450 vereadores, 4 deputados federais e 12 deputados estaduais.
Isso pressupõe força política nas próximas eleições, segundo analistas políticos. O novo partido terá o maior tempo de TV no horário eleitoral, fundo partidário anual e o fundo eleitoral. A bancada na Câmara Federal, somadas duas siglas, passaria a ser de 81 parlamentares. As questões de formalização, ainda, passam por convenção nacional prevista para ser programada a partir da semana que vem.
O próximo passo é a homologação do TSE, com expectativa para ser concluída em até quatro meses, o que habilita o União Brasil para as eleições de 2022. Dentre as lideranças estão o presidente nacional do DEM, ACM Neto, que deverá ocupar a secretaria geral e Luciano Bívar, que preside o PSL, indicado para ser o novo comandante nacional da sigla. Ambos declaram intenção em candidatura própria para o Planalto.
ACM afirma que a nova legenda terá uma visão liberal na economia, com a perspectiva de um “Estado mais eficiente, que gaste menos com a máquina pública e mais com o cidadão”. Sobre a postura em relação ao governo Bolsonaro, ele menciona a posição “de independência responsável” do DEM, tendo filiados próximos ao presidente e “com toda liberdade para criticar e apontar erros do governo”.
Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência Social) e Tereza Cristina (Agricultura) são dois ministros da sigla. Com a fusão há perspectiva de saída da nova sigla, uma vez que se abre uma porta para isso sem prejudicar o mandato. Por outro lado, permite novas filiações, num cenário ainda incerto sobre o número final de filiados do União Brasil, com foco às eleições de 2022 para presidente, governadores, senadores e deputados.
Da redação com informações do PSL e DEM