Em um comunicado oficial do primeiro-ministro interino do Haiti, Claude Joseph, foi informado na manhã desta quarta-feira, (07/07), que o presidente do Haiti, Jovenel Moïse, de 53 anos, foi morto em um ataque à sua residência privada. O ministro disse que a residência do presidente em Porto Príncipe foi invadida por homens armados não identificados à 1h hora local (1h do horário de Brasília).
A primeira-dama também teria sido ferida no ataque. Joseph disse que “todas as medidas foram tomadas para garantir a continuidade do Estado” e pediu à população que mantenha a calma. Jovenel Moïse, estava no poder desde fevereiro de 2017, depois que seu antecessor, Michel Martelly, deixou o cargo.
Moïse vinha enfrentando dificuldades em seu mandato, com acusações de corrupção e desafiado por ondas de protestos antigovernamentais frequentemente violentos. Houve protestos generalizados na capital e em outras cidades no início deste ano, enquanto a população exigia sua renúncia.
A oposição do Haiti alegou que o mandato de cinco anos de Moïse deveria ter terminado em 7 de fevereiro de 2021, cinco anos depois da saída de Martelly.
Moïse, no entanto, insistiu que tinha mais um ano para servir, uma vez que não havia tomado posse até 7 de fevereiro de 2017.
O atraso de um ano foi causado por alegações de fraude eleitoral que acabaram por fazer com que o resultado da eleição de 2015 fosse anulado e novas eleições, realizadas. Moïse venceu o pleito. Em fevereiro, no dia em que a oposição queria que ele deixasse o poder, Moïse disse ter desmantelado um plano para assassiná-lo e derrubar o governo.
Da redação com informações da BBC