Destaque

1 em cada 4 pais ou responsáveis deixaram de vacinar seus filhos contra a paralisia infantil em Palmeira

11 de outubro de 2022 - Atualizado há mais de 1 ano atrás
4 minutos de leitura

Por Redação 97

1 em cada 4 pais ou responsáveis deixaram de vacinar seus filhos contra a paralisia infantil em Palmeira

A prefeitura de Palmeira informou que apenas 76% dos pais ou responsáveis levaram seus filhos para receberem a vacina contra Poliomielite. A Campanha de imunização se encerrou no dia 30 de setembro em todo o Brasil, com baixos índices de vacinação diante de um cenário preocupante com um caso suspeito investigado no Pará e Estados como Tocantins não atingindo nem 50% da meta estipulada.

O Ministério da Saúde informa que a poliomielite não tem tratamento, mas o Programa Nacional de Imunizações (PNI) dispõe de vacinas seguras e eficazes que devem ser utilizadas para proteger crianças desde o primeiro ano de vida. A vacina injetável intramuscular deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade, conferindo uma imunidade que só é reforçada aos 15 meses e aos 4 anos.

Além das gotinhas da vacina oral, ou em campanhas de vacinação anuais como a realizada recentemente. Enquanto isso, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) notificou ao Ministério da Saúde que investiga uma suspeita de paralisia infantil em um menino de 3 anos de idade, do município de Santo Antônio do Tauá, no nordeste do estado. A criança apresentou sintomas em agosto, se agravando mês passado.

 Por sua vez, o município de Palmeira aplicou 1.473 doses durante o período da campanha, atingindo apenas 76,47% da população alvo, que é formada por de 1.926 crianças com idade de 6 meses a menores de 5 anos. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que era de 95% de crianças imunizadas, não foi atingida. Todas as crianças menores de cinco anos deveriam ter sido vacinadas.

A obtenção de altas coberturas vacinais foi essencial para que a doença fosse eliminada do Brasil. A paralisia infantil teve seu último caso reportado no país em 1989, e, no ano de 1994, o continente americano recebeu a certificação de área livre de circulação do Poliovírus selvagem da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Mesmo assim, a queda das coberturas vacinais desde 2016 têm gerado alertas.

Segundo o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), as doses previstas para a vacina intramuscular contra a pólio atingiram a meta de 95% do público-alvo pela última vez em 2015, quando a cobertura foi de 98,29% das crianças nascidas naquele ano. Em 2020, a pandemia da covid-19 impactou as coberturas de diversas vacinas, tendo índice de 76,15% dos bebês.

Em 2021, o percentual ficou abaixo de 70% pela primeira vez, com 69,9%. No Pará, onde foi registrada a suspeita, o percentual foi de 55,73%. O Ministério da Saúde informou que não há registro de circulação viral de poliomielite no Brasil. Uma equipe foi ao Pará para investigar o caso citado, mas descarta ser paralisia infantil, mencionando ser “evento adverso ocasionado por vacinação inadequada e não se trata de poliomielite”.

A vacinação contra a pólio por via oral, com as gotinhas, só está prevista no Brasil para crianças que já foram imunizadas com as três doses da vacina injetável intramuscular, o que não teria acontecido nesse caso. “O Ministério da Saúde reforça que pais e responsáveis vacinem suas crianças com todas as doses indicadas para manter o país protegido da poliomielite, doença erradicada no Brasil”.

Da redação com informações da prefeitura de Palmeira e Agência Brasil e imagem/reprodução Agência Brasil/ Fernando Frazão

Whatsapp

Entre na comunidade do P97 e receba as notícias em primeira mão direto no seu WhatsApp! 🤩

Clique aqui e fique informado

Compartilhe este artigo

Leia Mais