Polícia

“Vida da minha mãe custou dois salários mínimos”, filha se revolta com liberdade de motorista após morte de cozinheira

12 de agosto de 2024 - Atualizado há 4 meses atrás
4 minutos de leitura

Por Redação 97

“Vida da minha mãe custou dois salários mínimos”, filha se revolta com liberdade de motorista após morte de cozinheira

Monikeli Wippel da Silva, filha de Ercilia Maria Wippel da Silva, está revoltada com a liberdade do motorista que provocou a morte da mãe dela em um acidente, na madrugada deste sábado (10), na rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, no bairro Mossunguê, em Curitiba.


“É muito difícil falar qualquer coisa. É difícil entender e organizar os sentimentos neste momento, mas é muita tristeza, porque é uma pessoa que a gente ama que não volta”, disse.

Ercilia, de 51 anos, foi atropelada por um Volkswagen Polo quando estava a caminho do trabalho. A vítima estava acompanhada do marido, que viu tudo e não teve como salvá-la.

Câmeras de segurança registraram o acidente. Nelas, é possível ver que um primeiro carro passa, e em seguida vem o Polo. O motorista atinge Ercília, que é arremessada. Antes de parar, o carro ainda passa por cima do corpo da mulher.

Logo atrás vem o marido da vítima, com as mãos na cabeça, desesperado. As imagens, fortes, vão ajudar a Polícia Civil a entender a dinâmica do acidente.

O motorista, de 19 anos, ficou no local e prestou socorro. Segundo a polícia, ele se recusou a fazer o bafômetro e, mesmo assim, não foi preso.

Por conta da recusa em fazer o bafômetro, o motorista recebeu uma infração gravíssima, com multa de R$ 2.934,70 e a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

“Ele se recusou a fazer o teste. Um ponto que eu penso que na lei está muito falha. Como que a pessoa atropela alguém e esse alguém vem a se tornar uma vítima fatal, e o motorista tem a opção de fazer ou não o bafômetro? É uma brecha da lei que não tem que existir. A pessoa vai para delegacia, paga um valor que para ela é nada e depois é solta. A vida da minha mãe custou dois salários mínimos. Não se compara. Alguém que em nenhum momento tentou contato para oferecer um apoio. É muita revolta. A gente não vai deixar isso do jeito que está. Queremos a justiça. A pessoa pagou o valor na delegacia e foi pra casa, já a minha mãe nunca mais vai voltar”, lamentou.

O corpo de Ercília foi sepultado na tarde deste domingo em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.

Portal Cultura Sul com informações Banda B

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