Foi divulgada a lista com os nomes dos 46 postos de combustível que foram alvos de uma operação contra adulteração em Curitiba e Região Metropolitana (RMC) na última quinta-feira (28). O material foi divulgado pela RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, e também publicado pelo G1 Paraná.
A Operação Tank, realizada em conjunto pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RF), investiga uma organização criminosa suspeita de fraudar postos, adulterando a qualidade do combustível ou a quantidade indicada na bomba, além de lavar dinheiro.
Segundo informações da PF, o grupo atuava desde 2019, por meio de uma complexa rede de empresas, incluindo postos de combustíveis, distribuidoras, holdings, empresas de cobrança e instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Central. A polícia afirma que essa é uma das maiores redes de lavagem de dinheiro já identificadas no Paraná.
O grupo criminoso, segundo a PF, atuava desde 2019 e é suspeito de lavar pelo menos R$ 600 milhões, movimentando mais de R$ 23 bilhões por meio de uma rede de centenas de empresas, como postos, distribuidoras, holdings, empresas de cobrança e até instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Central.
Proprietários dos postos citados enviaram notas à imprensa afirmando que estão na lista de forma equivocada. Confira:
A Rede Taishan, dona do Dongguan Auto Posto, afirmou que “este posto integra a Rede Taishan, um grupo de empresas idôneas, e que apenas adquiriu a unidade mencionada em novembro de 2023. O investigado em questão é o antigo proprietário do referido posto e, à época do início das investigações, a unidade operava sob outra razão social, outro CNPJ e outra gestão. Após a aquisição, foram realizadas todas as trocas necessárias, incluindo CNPJ, nome empresarial e substituição de bombas de combustível, garantindo a qualidade e transparência exigidas pelos novos proprietários”.
O Auto Posto Lua Crescente afirmou que “jamais fariam qualquer coisa errada”, que passou por fiscalização do Inmetro e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e que tudo foi aprovado.
O posto TIC Posto VI alegou que não possui relação com as denúncias e que funciona dentro da legalidade. “Ocorre que o posto comprou o imóvel diretamente da rede Ipiranga, em maio de 2023. Anteriormente, o referido imóvel era ocupado por um outro posto, operado por outra empresa, sendo que o imóvel era da Ipiranga e estava alugado para esse operador”.
A Rede de Postos Salvaro, dona do Auto Posto Jardim Social, Auto Posto JLS e Auto Posto Orleans, disse que “não possui qualquer relação ou atuação conjunta com os investigados das operações deflagradas pela Polícia Federal”.
“Estes postos são postos integrantes da Rede Salvaro, grupo de empresas idôneas, atuante há muitos anos no mercado, e que apenas locam imóveis pertencentes a um dos investigados ou de empresa de sua propriedade. Ocorre que o investigado proprietário dos terrenos não realiza a atividade de venda de combustíveis nos referidos postos/endereços há muitos anos, sendo que, inclusive, anteriormente estes imóveis eram locados pela empresa Ipiranga Produtos de Petróleo S/A, que recentemente cedeu os direitos do contrato de locação para às empresas da Rede Salvaro”, afirmou em nota.
Fonte: G1