Cidadania

Vaticano confirma morte de Papa, após piora repentina no estado de saúde anunciado nos últimos dias

31 de dezembro de 2022 - Atualizado há mais de 1 ano atrás
4 minutos de leitura

Por Redação 97

Vaticano confirma morte de Papa, após piora repentina no estado de saúde anunciado nos últimos dias

Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco e 266º líder da Igreja Católica, havia pedindo orações pelo papa emérito Bento XVI que, segundo ele, estava “muito doente”. A situação gerou repercussão mundial sobre o real estado de saúde de Joseph Ratzinger e sua morte foi confirmada pelo Vaticano na manhã deste sábado (31/12), citando ter sido constatado o óbito às 5h34 no horário brasileiro ou 9h34 na hora local.

“É com pesar que informo que o Papa Emérito Bento XVI faleceu hoje às 9h34 no Mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano. Mais informações serão fornecidas o mais breve possível”, informou o perfil de notícias do Vaticano no Twitter. A saúde do alemão Joseph Ratzinger vinha se debilitando nos últimos anos. Sua condição era grave, mas estável, com atenção médica constante, segundo a Igreja.

Desde a renúncia do papado, em 10 de fevereiro de 2013, o teólogo alemão vivia em um pequeno mosteiro no Vaticano, onde faleceu. Ao deixar o posto de líder maior da Igreja Católica, Jorge Mario Bergoglio teve a escolha do Colégio de Cardeais e se tornou o Papa Francisco. Enquanto Bento XVI permaneceu na abrangência da sede do catolicismo, sob obediência ao sucessor, dito ao renunciar.

O gesto mais marcante de seu pontificado teria sido a própria renúncia. Além dos textos teológicos de fôlego, uma linha conservadora nas questões morais, e escândalos de disputas políticas e vazamentos de documentos do Vaticano – os chamados Vatileaks. Isso perfaz a história da sua condução à frente da entidade religiosa por quase oito anos, numa saída alegando “falta de forças na mente e no corpo”.

“No mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor, seja do corpo, seja do ânimo, vigor que, nos últimos meses, em mim diminuiu, de modo tal a ter que reconhecer minha incapacidade de administrar bem o ministério a mim confiado”, disse ao renunciar Bento XVI.

A renúncia foi por escolha própria e Bento XVI tornou-se o primeiro Papa Emérito da história. Assim manteve-se vestindo de branco e não renunciou à confortável vida no Vaticano, protegida de holofotes e multidões, mantendo-se no isolamento e escrevendo textos teológicos. Seu velório está sendo organizado, mas será diferente. É a primeira vez que a Igreja Católica vela um Papa Emérito.

Conforme a constituição apostólica, promulgada em 1996 por João Paulo II, um Papa deve ser enterrado entre quatro e seis dias após sua morte. O calendário é geralmente decidido pelos cardeais. Ali se descreve, também, os “novedários”, ou seja, os nove dias de luto em homenagem ao Pontífice falecido. Ele desejou ser enterrado no túmulo de João Paulo II, na cripta de São Pedro. O corpo do seu antecessor foi transferido dali para uma capela lateral, por ocasião de sua beatificação em 2011.

Da redação com informações do Vaticano e imagem/reprodução divulgação Vaticano

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