Uma mobilização na tarde desta sexta-feira (04/10), promovida pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Mateus do Sul (SindServidores), cobra reposição de valores percentuais em salários, com base em acordo oficiado entre os trabalhadores e a gestão municipal. O grupo parou momentaneamente diversos setores da prefeitura e aguarda posicionamento do prefeito Luiz Adyr Gonçalves Pereira, encaminhado por interlocutores.
“Nós fomos desrespeitados pelo prefeito municipal com relação à nossa revisão anual”, alega o presidente do SindServidores, Rafael Camargo. A negociação vem desde março deste ano. Em julho foi informado o valor de 2,5% e, conforme o representante da entidade, a categoria aceitou em assembleia, mesmo estando abaixo da inflação este percentual. O projeto foi para a Câmara, com suposto problema jurídico. Retornou e, de lá para cá, a proposta não avançou.
“Desde então o prefeito não reenviou”, afirma o presidente. A princípio a ideia era de sair em passeata da sede do Sindicato até a prefeitura. Mas os servidores negociaram com representantes da prefeitura e legislativo para buscarem uma solução. O objetivo é ter resposta afirmativa da reposição. Do contrário se cogita uma paralização. “Com o objetivo do que é nosso direito”, explica. Sem descartar greve, não havendo esse retorno.
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“Mostrando para o prefeito que nós estamos mobilizados e estamos bem organizados. Inclusive o pátio de máquinas e o britador ficou parado por uma hora, também”, relata. O objetivo é de que se faça cumprir o que foi acordado, ao menos 2,5% de reposição. O secretário de Educação e Cultura, Jorge Manfroni, e o vereador Jackson Machado ficaram de levar a demanda ao prefeito.
O prazo, conforme o SindServidores, se encerra ao meio-dia dia de segunda-feira (07/10). Não havendo uma sinalização, do retorno do projeto para repor o percentual nos salários, a entidade se reúne novamente, com indicação de greve. Rafael Camargo destaca de que os servidores já tiveram sua renumeração defasada por aceitar o índice abaixo da inflação, mas nem isso foi corrigido nos salários. A proposição precisa ser votada, pelos vereadores, e aprovada para ter validade.
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Nossa reportagem tentou contato com assessoria do prefeito e secretário Manfroni, mas não obteve resposta até esta publicação. Também fez contato com o presidente da Câmara, Nereu Dal Lago. O vereador que comanda o legislativo de São Mateus do Sul citou que fez um requerimento à prefeitura sobre o caso, assinado por outros cinco colegas parlamentares.
No documento, Nereu requer um posicionamento da gestão municipal sobre a situação. Ele confirmou que por orientação jurídica, a proposição retornou à prefeitura e o legislativo aguarda novo projeto de Lei. “Quando chegar até nós vamos dar a agilidade necessária”, disse. “Sou favorável”, frisou.
Contudo, o Legislativo está, assim como o SindServidores, no aguardo deste encaminhamento para dar prosseguimento. Independentemente da data de votação, há indicativo de que a reposição seja retroativa, conforme o Sindicato, ao mês de abril.
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Da redação com informações e fotos equipe Portal Cultura Sul FM