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Segundo um estudo, o consumo diário de cerveja diminui tamanho do cérebro

9 de março de 2022 - Atualizado há mais de 1 ano atrás
3 minutos de leitura

Por Redação 97

Segundo um estudo, o consumo diário de cerveja diminui tamanho do cérebro

Foto: Freepik/Reprodução

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriram que o consumo de leve a moderado de bebidas alcoólicas pode afetar a estrutura do cérebro e causar um envelhecimento cognitivo maior do que o verificado em pessoas que não bebem.

De acordo com o trabalho, pessoas de meia idade que bebem duas latinhas de cerveja de 500 ml, conhecidas no Brasil como “piriguetes”, ou uma taça de vinho por dia têm o cérebro até dois anos e seis meses mais velhos do que as que não bebem. O trabalho foi publicado na sexta-feira (4/3), na revista Nature.

A descoberta foi feita cruzando informações de 36.678 adultos com idades entre 40 e 69 anos cadastrados no UK Biobank, um banco de dados do Reino Unido. Os pesquisadores compararam exames de ressonância magnética dos participantes com informações sobre seus hábitos de ingestão de álcool.

Hábitos alcóolicos

Os participantes informaram o número de “unidades de bebida” consumidas por semana – para os bebedores frequentes – ou unidades por mês – no caso de bebedores menos frequentes. As bebidas foram separadas por categorias, incluindo vinho tinto, vinho branco/champanhe, cerveja/cidra, por exemplo.

Com as imagens, os cientistas puderam comparar o volume de massa cinzenta e branca no cérebro dos participantes com os de pessoas que não bebiam. A massa cinzenta é a parte principal do cérebro, onde as informações são processadas, e a massa branca atua mantendo linhas de comunicação.

O consumo de álcool foi associado a reduções no volume geral do cérebro. “Fica pior quanto mais você bebe. Há evidências de que o efeito da bebida no cérebro é exponencial”, disse o autor principal do estudo, Remi Daviet, em um comunicado.

“Ter este conjunto de dados é como ter um microscópio ou um telescópio com uma lente mais poderosa. Você obtém uma resolução melhor e começa a ver padrões e associações que não conseguia antes”, disse o principal autor do estudo, o neurocientista Gideon Nave.

Com informações do Metrópole

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