Na mesma semana em que o Governo Estadual publicou o decreto autorizando a retomada das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas do Paraná, a APP Sindicato aprovou greve em assembleia. O interesse de paralisação fica eminente por contrariedade dos educadores, segundo a publicação da entidade, ao sistema híbrido citado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED). Deixando o suspense na sociedade.
As aulas presenciais estão suspensas desde março do ano passado, por conta da pandemia da Covid-19. As aulas devem ser reiniciadas no próximo dia 18 de fevereiro com medição de temperatura na entrada das escolas, uso obrigatório de máscara, isolamento social respeitando o distanciamento de 1,5 metro entre alunos, além da disponibilização de álcool em gel dentro da escola.
De acordo com o secretário de Estado de Educação, Renato Feder, a capacidade da sala de aula será reduzida a no máximo 50% da ocupação normal. “Pensamos em salas de aulas com oito a dez alunos no máximo, seguindo fielmente os protocolos exigidos pela Secretaria da Saúde”, disse no anúncio feito na semana passada e publicado em decreto na quarta-feira (21/01).
Em assembleia geral neste sábado (23/01), com 1.100 trabalhadores (as) da educação a APP-Sindicato aprovou ‘greve geral a partir do dia 18 de fevereiro’, data estipulada para a retomada. Os sindicalistas afirmam serem contrários ao modelo híbrido anunciado por não ter sido debatido com a categoria ou comunidade escolar. Dentre outras demandas que foram colocadas como barreiras ao retorno.
A APP é contrária ao processo de terceirização de funcionários (as), reclama da suspensão da reposição salarial acordada na greve de 2015 que, segundo a entidade, “congelou as carreiras e implantou escolas militares por todo o Paraná”. Os sindicalistas defendem que os profissionais de educação estão na linha de frente e requer o retorno presencial somente quando da imunização dos educadores e ‘condições sanitárias necessárias’.
A decisão da APP Sindicato deixa incerto o retorno presencial. O Governo Estadual e a SEED ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto.
Da redação com informações da Agência Estadual de Notícias e APP Sindicato