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Resfriado, gripe e H1N1: qual a diferença?

16 de maio de 2019 - Atualizado há 5 meses atrás
6 minutos de leitura

Por Redação 97

Resfriado, gripe e H1N1: qual a diferença?
Resfriado, gripe e H1N1: qual a diferença?
Foto: divulgação

Duas doenças respiratórias comuns, gripes e resfriados costumam ser confundidas por pacientes. Embora as sensações no corpo sejam parecidas (como secreção nasal e dor de garganta), quando olhados de perto os sintomas são bastante diferentes. Para completar, o termo H1N1 entrou em cena e trouxe mais um componente de dúvida para a questão: afinal, qual a diferença entre um e outro?

Resfriado comum é um quadro mais leve que pode ser causado por vários tipos de vírus, como o rinovírus ou o adenovírus. Os sintomas estão localizados no nariz e na garganta, com coriza, congestão nasal e tosse. A doença costuma ter início gradual e uma recuperação rápida – em média, quatro dias.

Já a gripe apresenta início súbito e sintomas generalizados: febre, calafrios, dores musculares, tosse, dor de garganta, mal-estar geral e perda de apetite. Causada pelo vírus Influenza, tem maiores chances de crescer para complicações graves, como pneumonia, e a duração varia entre uma e duas semanas.

“Dizer que o resfriado evolui para a gripe é falso, porque são doenças diferentes. A gripe tem maiores chances de evoluir para complicações como pneumonias, especialmente nos grupos de risco, com imunidade mais baixa. O resfriado também tem as suas complicações, mas é raro que aconteça. São vírus com características diferentes”, esclarece Alfredo Gilio, coordenador médico da Clínica de Imunização da Medicina Diagnóstica Einstein.

E o H1N1?

O termo H1N1 ficou popularmente conhecido em 2009, quando atingiu boa parte da população mundial. Na época, as pessoas não estavam imunizadas para aquele tipo de mutação, o que acabou gerando a pandemia. No entanto, não há diferença de sintomas para o que se chama de “gripe comum”. O H1N1 é um dos subtipos do vírus Influenza. “Quando o Influenza vai mudando e surge um vírus um pouquinho diferente, para o qual boa parte da população não tem anticorpos, acontecem pandemias. Agora as pessoas já têm imunidade para ele, mas é importante tomar a vacina todos os anos porque o vírus continua circulando”, lembra Gilio.

Formas de prevenção

É justamente por causa das mutações do vírus que o Ministério da Saúde e outras entidades do setor indicam a aplicação anual da vacina da gripe.

“Laboratórios do mundo inteiro observam quais vírus estão circulando naquele ano, então existe uma série de estudos para você elaborar a vacina em função daquele vírus que circula naquele período”, explica Gilio.

Além da mudança na composição da vacina, os anticorpos do paciente podem já estar baixos de um ano para o outro, o que reforça a necessidade de fazer a imunização novamente. Pessoas em grupo de risco (crianças com até 2 anos; adultos com mais de 60 anos; gestantes e pessoas com baixa imunidade) não podem esquecer de tomar, pois a vacina estimula a produção de anticorpos e reduz a chance de quadros graves de gripe.

No caso dos resfriados, não existem vacinas. A prevenção se dá por meio da higienização, com ações como lavar as mãos com água e sabão ou gel alcoólico ou cobrir a boca e o nariz com papel ao tossir ou espirrar. Também vale evitar locais aglomerados ou fechados, especialmente no inverno, quando os vírus estão circulando com mais força. Essas medidas também servem para a gripe.

Tratamento

Saber diferenciar a gripe do resfriado é importante para o tratamento. No caso do resfriado, são tratados os sintomas: o paciente vai tomar remédios para a dor e para melhorar a inalação, além de adotar outras práticas. No caso da gripe, dependendo da situação e dos pacientes, são receitados antivirais. “São situações diferentes. Do ponto de vista médico, definir o diagnóstico ajuda a identificar a abordagem que se fará do tratamento. Isso é muito importante, especialmente para pacientes em grupo de risco”, afirma Gilio.

Tire algumas dúvidas

1 – Qualquer pessoa pode tomar a vacina contra a gripe?

Sim, desde que tenha mais de seis meses de idade e não haja contraindicação.

2 – Posso tomar a vacina se já estiver com sintomas de gripe?

Se estiver com tosse, nariz escorrendo, mas sem febre, é permitido tomar. Se houver febre, é melhor não tomar a vacina da gripe e aguardar a recuperação.

3 – A vacina da gripe causa gripe?

Hoje, a vacina da gripe no Brasil é feita com vírus inativo e fracionado, não há vírus vivo. Então, não pode causar gripe. Algumas pessoas relatam que tomam a vacina e se sentem gripados depois de alguns dias. “Geralmente, as pessoas tomam a vacina em uma época onde há muitas doenças respiratórias circulando e, novamente, isso passa por aquela confusão entre resfriado e gripe. Provavelmente, o paciente contraiu algum resfriado, para o qual não existe vacina. Mas com certeza não é Influenza”, explica Alfredo Gilio, coordenador médico da Clínica de Imunizações da Medicina Diagnóstica Einstein.

Da redação com informações do G1.

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