Segundo secretaria, mais de 34,3 mil candidatos realizaram a avaliação presencial em 198 locais de prova, neste domingo (10). Processo foi alvo de manifestações do MP-PR diante da pandemia do novo coronavírus.
Em meio a protestos, a prova do Processo Seletivo Simplificado (PSS) para contratação de professores temporários que vão atuar na rede estadual teve abstenção de 12,74% dos candidatos neste domingo (10), de acordo com a Secretaria de Educação e do Esporte do Paraná (Seed).
Segundo a Seed, mais de 34,3 mil candidatos fizeram a prova em 198 locais de 30 cidades do estado.
A secretaria informou que o gabarito preliminar da prova será divulgado no site da empresa responsável pela aplicação do teste, na segunda-feira (11), às 21h.
A prova aconteceu em meio a protestos de entidades sindicais e do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que chegou a recomendar a suspensão do processo diante da pandemia do novo coronavírus.
Inicialmente, as provas do PSS estavam marcadas para dezembro, mas foram adiadas duas vezes.
De acordo com a Seed, foram respeitadas todas as medidas sanitárias para enfrentamento da pandemia durante a realização do processo.
Em alguns colégios, candidatos relataram filas e aglomeração na chegada para a prova. Por meio de nota, a Seed disse que os eventos foram isolados e aconteceram porque os candidatos não seguiram os horários marcados para entrada nos locais.
O edital prevê a contratação de 4 mil professores temporários que deverão atuar na rede estadual de educação em 2021. Segundo a secretaria, os salários dos selecionados podem chegar a até R$ 3.720.
Denúncias sindicato
A APP-Sindicato, que representa a categoria, fez duras críticas ao processo e, por meio de nota, informou que recebeu várias denúncias sobre a seleção.
O sindicato afirma que alguns professores que fizeram a prova não receberam cópia do gabarito do teste ou não puderam anotar as respostas das questões; alguns participantes apontaram que salas estavam pouco ventiladas e candidatos inscritos em duas disciplinas foram informados nas salas que estariam aptos a disputar vaga em apenas uma das disciplinas.
O documento finaliza que a direção da APP-Sindicato vai acompanhar todas as denúncias que forem registradas e cobrará do governo os encaminhamentos necessários.
Protestos contra a prova
A inclusão da prova de conhecimentos no PSS foi alvo de protestos por parte da categoria em 2020.
Professores e a APP-Sindicato pediram a suspensão do edital, alegando serem contrários ao formato do processo, com prova escrita como critério para a seleção e cobrança de inscrição.
Os professores ocuparam a sede da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e um grupo chegou a fazer greve de fome em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo do estado.