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Profissão Gari: Cidinéia conta sua história de vida

9 de março de 2021 - Atualizado há mais de 1 ano atrás
3 minutos de leitura

Por Redação 97

Profissão Gari: Cidinéia conta sua história de vida

Nessa terça-feira, (09/03), o Cultura Sul Notícias, recebeu a segunda entrevistada da semana da mulher, Cidinéia Aparecida Rodrigues Marques, de 35 anos, que veio com sua família de Imbituva, com um ano de idade, e estabeleceram laços em São Mateus do Sul, onde moram até hoje. Trabalhando há quase oito anos como gari, após trabalhar na roça e como diarista, ela contou mais sobre sua vida e seu trabalho.

Cidinéia, explicou que se considera são-mateuense, já que mora há 34 anos na cidade, dos seus 35 anos de vida. “Eu passei a maior parte da minha vida aqui, então digo que sou da cidade”. Filha de jardineiro e doméstica, ela conta que a sua grande inspiração é sua mãe que mora ao lado da sua casa até hoje. “A minha mãe é uma pessoa especial, ela é incrível. Tem muita disposição, espero chegar na idade dela assim”, disse.

Em relação ao seu trabalho, Cidinéia falou sobre as dificuldades encontradas no dia a dia. “Às vezes, é difícil um banheiro, uma água, mas muitos nos veem com desprezo. Estamos ali para servir à população, mas gostaríamos de receber um tratamento diferente. Sempre tem aqueles que não cumprimentam, olham com nojo, mas também tem muitas pessoas educadas, que elogiam o nosso trabalho, isso compensa”, explicou

Segundo Cidinéia, é um trabalho diferente trabalhar na rua, pois nunca é igual, além de trabalhar ao ar livre, o que para ela é muito bom. “Já trabalhei na roça como diarista e trabalhei como gari, sai e voltei, porque realmente gosto do que eu faço”. Ela contou ainda que trabalham em 12 mulheres, que são divididas em duplas. “Todas se dão muito bem, mas com a dupla à gente passa mais tempo, acaba contando coisa da vida, desabafando. É uma segunda família”, contou.

Para deixar o trabalho mais animado, em conversa com a Cidinéia, ela contou que é fã do programa Sofrência, e que suas colegas assim como ela, se divertem com às histórias. Ela ainda falou, sobre ser mãe e esposa. “Tenho duas filhas e um filho, nem sempre é fácil ser mulher, deixar os filhos e a família e ir para o trabalho, mas sou mulher e a gente sabe que nada é fácil”, disse.

As amigas e colegas de Cidinéia foram lembradas por ela, que mandou abraço pra todas e disse que estava representando-as, contando um pouco mais seu dia a dia. A entrevista completa está disponível no facebook do p97.com.br ou no youtube Portal Cultura Sul FM.

Da redação Cultura Sul FM

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