Nem só de blusa, casaco e sopa vive-se o frio. A queda nas temperaturas traz também uma temida visita: o aumento nos gastos em serviços essenciais para se manter aquecido. É o caso no aumento nas contas de gás e energia, por exemplo. Durante o inverno, o aumento de gás é sentido no bolso de quem fugiu do chuveiro elétrico pra economizar e acabou trocando o já conhecido vilão pelo aquecedor a gás, como é o caso de condomínios, por exemplo. Estudos da Gaslog, empresa que opera com o fornecimento de GLP, dão conta que o aumento no consumo de gás pode chegar a 80%. Isso porque além dos banhos aumentarem e exigirem maior consumo de gás por conta da temperatura, no frio as pessoas tendem a cozinhar mais, o que também acaba fazendo a fatura chegar às alturas.
“Com o frio, a temperatura da água também fica mais baixa, cerca de 7°C, enquanto no verão, esse valor é de uma média de 20°C. O que significa que é preciso mais combustão para elevar a temperatura, e, consequentemente, maior consumo de gás”, explica Marcelo Medeiros, gerente de operações da Gaslog. Ainda segundo ele, um exemplo simples é o ato de cozinhar. “Com a água mais fria, o tempo que você leva para cozinhar um alimento também acaba demorando mais, e assim se consome mais gás”, explica.
Já quando se fala do aumento da energia elétrica, fatores como o uso de aquecedores, dias menos iluminados, mais roupa para lavar aumentam consideravelmente o valor das contas de energia elétrica.
“Em alguns estados, como é o caso do Sul, por exemplo, esse aumento chega a uma média 30%. No inverno, ainda tem o agravante de escurecer mais cedo, o que aumenta ainda mais o uso de aparelhos que precisam de energia”, conta Miguel Segundo, CEO da Gedisa Energia. A Gedisa oferece o modelo de Geração Distribuída, modalidade inovadora na qual consumidores que têm faturas a partir de R$ 400 conseguem tem poder de escolha, conseguindo até 10% de desconto na tarifa de energia por meio de uma espécie de compensação de créditos.
Consumo consciente e economia
Mas, e como evitar isso? Hoje existem diversos artifícios que podem auxiliar a manter os gastos reduzidos, mesmo durante esse período e a maioria deles diz respeito a um consumo mais consciente, oportunizando formas mais sustentáveis. Os especialistas Miguel Segundo e Marcelo Medeiros listaram algumas possibilidades. Confira:
Dê preferência para banhos sincronizados e curtos
Sim, o gás é mais vantajoso se comparado com chuveiros elétrico. Mas, ainda assim, a conta de gás costuma vir mais cara no inverno. Por isso, apesar de ser difícil, é preciso tomar banhos rápidos durante o inverno, caso contrário, a conta virá alta. Outro fator que pode ajudar é tomar banho todos ao mesmo tempo em casas que possuem mais de um banheiro, pois, dessa maneira, a água já estará quente e, assim, é necessário menos combustão e, consequentemente, menos consumo de gás.
Cozinhando de forma consciente
Como a água demora muito mais tempo para aquecer, recomenda-se utilizar água já fervida para preparar diversos alimentos. Com isso, eles cozinham de forma mais rápida e o consumo de gás diminui. Além disso, é importante ficar de olho na cor das chamas na hora de cozinhar. Muitas vezes, um fogão pode apresentar chamas alaranjadas na hora de cozinhar alguma refeição 一 e isso pode ser consequência de sujeiras acumuladas, o que pode levar a um maior consumo de gás. Portanto, verifique sempre se as bocas do equipamento estão limpas.
Ainda, ao cozinhar alimentos muito duros como feijão, ou grão de bico, por exemplo, é importante deixá-los de molho de um dia para o outro. Isso diminui bastante o tempo de cozimento. Outro fator importante, segundo Marcelo, da Gaslog, é procurar cozinhar sem distrações. “É muito comum hoje em dia as pessoas colocarem água pra esquentar e mexer no celular. Isso pode aumentar o consumo de gás. Parece uma coisa simples, mas pode ser um fator agravante para a conta de gás”, finaliza ele.
Acenda, mas apague
Como os dias ficam mais curtos durante o inverno, acendemos as luzes mais cedo e por um período maior. Aproveite ao máximo o tempo de luz do dia, abrindo janelas e cortinas. Trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou LED reduz o consumo de energia em 80%.
Geladeira na temperatura mínima
Como a temperatura está mais baixa, não é necessário usar a potência máxima das geladeiras. Mesmo com os aparelhos cheios, é recomendável que o termostato se mantenha no mínimo. Deixar resfriar os alimentos antes de inseri-los na geladeira também diminui o gasto de energia.
Com informações Banda B
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