Após ter o quadro clínico dito ‘irreversível’ na noite desta sexta-feira (14/05), a prefeitura de São Paulo, em nota, confirmou a morte do prefeito licenciado da maior cidade do Brasil, Bruno Covas (PSDB). Ele morreu às 8h20 deste domingo (16/05), e tinha 41 anos completados em 7 de abril deste ano. Neto do ex-governador de São Paulo Mário Covas, estava no início do segundo mandato.
O prefeito licenciado Bruno Covas (PSDB) foi internado no Hospital Sírio-Libanês, na cidade de São Paulo, no dia 2 de maio para tratamento do câncer no sistema digestivo com metástase nos ossos e no fígado. Na segunda-feira (10/05), Covas havia iniciado uma nova etapa de tratamento, com a combinação de imunoterapia e terapia-alvo. Para fortalecer a imunidade e combate o tumor.
Na semana passada, Covas passou também por sessões de radioterapia para ajudar a conter um sangramento na cárdia. Nas últimas semanas, ele recebeu no hospital visitas de familiares e políticos, como o prefeito em exercício, Ricardo Nunes (MDB), o governador João Doria (PSDB) e o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM). Quando seu quadro foi dito irreversível, diversas lideranças visitaram o prefeito no Sírio-Libanês.
No Dia das Mães, Covas fez uma homenagem à sua mãe e à mãe de seu filho Tomás, que tem 15 anos. Ele também postou uma foto dele mesmo sorrindo e escreveu: “Continuo a lutar aqui no hospital. sem baixar a cabeça e sem perder minha motivação. Muita força, foco e fé. Espero logo estar junto de vocês para agradecer por todo carinho”. Com o afastamento do cargo, Ricardo Nunes assumiu a prefeitura por 30 dias, desde o dia 4.
Um dia antes, Bruno Covas foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por conta de um procedimento para conter sangramento no tumor da cárdia, localizada na transição entre o estômago e o esôfago. Chegou a ser intubado, mas teve alta deste tratamento no dia 4 de maio, passando para leito semi-intensivo. Tentando, em seguida, retomar o tratamento para combater o câncer.
Em 15 de abril, o prefeito licenciado já havia sido internado para a realização de exames de controle, que descobriram novos focos de tumor nos ossos e no fígado. Durante a internação, ele apresentou uma piora no quadro e foi diagnosticado líquido no abdômen e nas pleuras, tecidos que revestem os pulmões. Drenos foram colocados, a situação foi controlada e ele teve alta em 27 de abril.
Bruno Covas foi internado pela primeira vez em outubro de 2019, quando chegou ao hospital com erisipela (infecção), que evoluiu para trombose venosa profunda (coágulos) na perna direita. Os coágulos subiram para o pulmão, causando o que é chamado de embolia. Durante os exames para localizar os coágulos, médicos detectaram o câncer na cárdia, região entre o esôfago e o estômago, com metástase no fígado e nos linfonodos.
Covas passou por oito sessões de quimioterapia, que fizeram com que o tumor regredisse. Mas, segundo a equipe médica, não foram suficientes para vencer o câncer. Após novos exames, o prefeito iniciou o tratamento com imunoterapia. Em janeiro de 2021, após ser reeleito nas eleições municipais e continuar no cargo, o prefeito licenciado anunciou uma nova fase de procedimentos no combate à doença.
Ele tirou uma licença de 10 dias, quando passou a ser submetido a sessões de radioterapia. Na época, estavam previstas 24 sessões de radioterapia complementares para o tratamento. Em abril deste ano, exames apontaram novos pontos de câncer nos ossos e no fígado. Vindo ao internamento em maio. Bruno Covas era neto de Mário Covas e filiado ao PSDB, partido fundado pelo avô, desde 1998, aos 18 anos.
Desde então exerceu diversos cargos públicos, se formou em direito e economia. Foi deputado estadual, federal e depois Bruno Covas fez a composição de chapa com João Doria, em 2016, sendo eleitos. Com a renúncia do prefeito em 2018 para concorrer ao governo estadual, ele se torno prefeito de São Paulo. Em 2020, reeleito para o posto executivo da maior cidade do País, onde esteve até a manhã deste domingo.
Da redação com informações da prefeitura de São Paulo e dados da família Covas e foto da prefeitura de São Paulo