Posse de Bolsonaro recebe brasileiros de todas as regiões
2 de janeiro de 2019
- Atualizado há 5 meses atrás
5 minutos de leitura
Por Redação 97
Cerca de 115 mil pessoas das cinco regiões do país compareceram à Esplanada dos Ministérios para acompanhar, nesta terça-feira (1º), a posse do presidente Jair Bolsonaro. O público, divulgado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), não atingiu a expectativa do Palácio do Planalto, que esperava cerca de 250 mil pessoas na cerimônia.
A festa, no entanto, contou com muita alegria e otimismo
por parte dos apoiadores de Bolsonaro. As cores verde e amarelo predominaram. O
militar da reserva Elson Fernandes veio de Águas Lindas (GO), cidade a cerca de
50 km do centro de Brasília, para acompanhar a posse.
“Essa é a primeira vez que eu estou aqui para assistir uma posse. Eu nunca fui nem em jogo de futebol para assistir. Eu espero que mude o Brasil para melhor. Na verdade, eu quero que mude o Brasil para melhor. Porque do jeito que está, a gente está muito decepcionado com os governos passados”.
Diferentemente de Elson, a aposentada Francisca Julião,
de 70 anos, é veterana em posses presidenciais. Ela conta que esteve nas cerimônias
de Lula, em 2003, e Dilma Rousseff, em 2011. Sobre a mudança ideológica de seu
apoio, Francisca exaltou a necessidade de um rodizio democrático no poder.
“É, mas não tem problema não. Tem que mudar
para ver se melhora as coisas. Estou com a esperança de que vai mudar, que ele
vai ser bom”.
Por outro lado, Vilson, que é eleitor convicto do capitão
da reserva, afirma que seu voto seguiu a ideologia de Olavo de Carvalho.
Funcionário público e morador de Brasília há mais de 20 anos, ele segurava um
cartaz com os dizeres “Olavo tem razão”. O filósofo exaltado pelo eleitor foi
responsável por sugerir a Bolsonaro o nome dos ministros da Educação e das
Relações Exteriores do novo governo.
“Esse é o resultado que nós estamos vendo
hoje. Um presidente eleito que é da vontade do povo, que fala a língua do povo.
E o povo fez a campanha dele e colocou ele lá”.
O cuiabano Onésimo, que viajou mais de mil quilômetros
para assistir à posse, não carregava um cartaz, mas, sim, a bandeira da
monarquia brasileira, extinta em 1889. Com 28 anos, ele explicou os motivos de
levantar o símbolo imperial na cerimônia que efetivou o nome de Bolsonaro como
presidente de uma República.
“O Bolsonaro têm, por princípios, muita coisa
que se aproxima da monarquia constitucional. Ele, realmente, defende a
Constituição, ele defende a separação de Poderes. Então, o Bolsonaro, por ter
valores cristãos, se aproxima da monarquia brasileira”.
Quem também pegou a estrada para estar em Brasília no
primeiro dia do ano foi a dona de casa Lenilda de Paiva, de 42 anos. Ela conta
que nasceu no Ceará, mas mora em Goiânia há dois anos. Com o filho de um ano e
seis meses no colo durante todo o evento, Lenilda falou o que a mudança de
governo representa.
“Representa muita coisa porque está muito
difícil para o povo brasileiro, para o povo do Nordeste, que sofre pelo
desemprego”.
A cerimônia, que empossou definitivamente Jair Bolsonaro
como presidente da República, agradou a maioria do público presente. No
entanto, também houve quem reclamasse dos problemas para se locomover nos
espaços da Esplanada.
Após o fim das cerimônias no Congresso Nacional, o
público foi impedido de ficar próximo ao espelho d’água, uma vez que, as vias
estavam sendo utilizadas para o transporte das autoridades e comitivas até o
Palácio do Planalto. Neste momento, houve muita gritaria e o público passou a
reclamar e xingar os soldados que faziam o isolamento do local.
Com colaboração de Mariana Fraga, reportagem
João Paulo Machado
Entre na comunidade do P97 e receba as notícias em primeira mão direto no seu WhatsApp! 🤩