Um paranaense que viajou para a Ucrânia como voluntário afirmou estar tentando deixar o país após se decepcionar com a realidade da guerra. Ele relatou que foi motivado a ir com a promessa de atuar com tecnologia militar, mas ao chegar, foi direcionado diretamente para a linha de frente do conflito.

O jovem, identificado como Bruno Mendes, de 31 anos, natural do sudoeste do Paraná, contou que embarcou em 2023 acreditando que poderia contribuir com o conhecimento técnico que possui na área de sistemas e engenharia. No entanto, segundo ele, foi colocado em batalhões armados, sem o preparo adequado, enfrentando situações extremamente perigosas e traumáticas.

“Vim para a Ucrânia como voluntário, com a promessa de trabalhar com tecnologia militar. Mas, ao chegar, me colocaram direto no front. Não esperava estar segurando um fuzil”, disse Bruno, que agora tenta sair do país com ajuda de organizações internacionais.

Ele também revelou que muitos estrangeiros que chegaram com intenções semelhantes enfrentaram a mesma realidade. A dificuldade para sair da Ucrânia, especialmente para quem assinou algum tipo de contrato com o Exército local, tem sido um dos principais obstáculos.

Bruno destaca que sua decisão de ir à Ucrânia foi tomada com base em informações repassadas por um recrutador estrangeiro. “Eu queria ajudar, mas não dessa forma. Achei que estaria contribuindo com meu conhecimento técnico, mas fui usado como soldado”, lamenta.

A história ganhou destaque na imprensa após a repercussão de relatos de outros brasileiros que também se voluntariaram para lutar na guerra e estão enfrentando dificuldades para retornar ao país de origem.

Fonte: G1