Pais de atletas do Flamengo dizem que MP só libera volta a treinos acompanhados
13 de março de 2019
- Atualizado há 5 meses atrás
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Por Redação 97
Pais e mães dos jovens das categorias sub17 e sub15 do Flamengo que retomaram as atividades esta semana, mas são oriundos de outras cidades, alegam que os meninos estão sendo impedidos de voltar a treinar sem a presença deles. A orientação teria sido dada pelo Ministério Público.
O Flamengo disponibilizou quartos em um hotel na Zona Oeste do Rio, mas os treinamentos estão previstos para São João de Meriti, no Audax, a partir desta terça-feira.
Segundo o pai do goleiro Francisco Dyogo, que se feriu no incêndio que deixou dez mortos no CT, para o jovem ficar no Rio e treinar ele precisará largar o emprego em Fortaleza, onde vive
– Até que se resolva a situação do Ninho do Urubu, todos os atletas só podem treinar ou jogar se o pai acompanhar. Inclusive na escola. O Flamengo vai disponibilizar um ônibus do hotel para a escola a partir de segunda-feira. Os pais que moram em outro estado terão que largar o emprego ou por fim ao sonho dos nossos filhos – lamentou Francisco.
Outros pais também relataram o mesmo problema ao canal Paparazzo Rubro-Negro.
“Sobre a escola, o MP está colocando nossos filhos mais em perigo, porque eles tem que treinar em São João de Meriti, estudar e depois vir para o hotel em uma cidade violenta. No Ninho não tinha nada disso”, reclamou Dona Valquíria, mãe do atleta Pablo Juan.
Dona Elismara, mãe do jovem Gian Lucas, disse que não tem condições de estar no Rio de Janeiro.
“Tenho trabalho, sou diabética e estou grávida e queria perguntar ao MP. Sei que muitas mães sofreram com a perda dos seus filhos, mas vocês estão matando os sonhos dos nossos filhos, como fica isso?”, questionou.
O Flamengo foi procurado, mas não retornou os contatos da reportagem. O clube tenta reverter a decisão da 1 Vara da Infância, que limitou o Ninho do Urubu aos menores de idade e para alojamento. O clube conseguiu a reabertura para os profissionais, através de um alvará parcial, com atividades reduzidas.
O Ministério Público foi acionado para dar uma posição, mas ainda não retornou.