Paraná

Paciente faz enfermeira refém em madrugada tensa em UPA

O homem vive em situação de rua e estaria com uma crise de abstinência de uso de entorpecentes.

24 de março de 2025 - Atualizado há 5 horas atrás
3 minutos de leitura

Por P97

Paciente faz enfermeira refém em madrugada tensa em UPA

Foto: Ronaldo Oliveira/RICtv

Um homem de 39 anos, que era atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boa Vista, em Curitiba, fez uma enfermeira refém, até ser contido pelos policiais, na madrugada desta segunda-feira (24). Conforme as informações da Polícia Militar do Paraná (PMPR), o homem vive em situação de rua e estaria com uma crise de abstinência de uso de entorpecentes. Ao longo da negociação com os policiais especializados em crises, ele liberou a refém, mas passou algumas horas ameaçando tirar a própria vida, até ser contido e encaminhado para atendimento especializado.

De acordo com a PMPR, o homem deu entrada na UPA às 18h do domingo (23). Ele reclamava de dores no peito e, após o primeiro atendimento, acabou dormindo em uma sala de triagem da unidade. Então, assim que acordou, por volta das 20h, ele tomou a enfermeira de refém. A PM então isolou esta área da UPA e bloqueou também a rua em frente, para que a movimentação não atrapalhasse a negociação.

“Ele dormiu por um determinado período e quando acordou, teve alucinações identificando ou imaginando que alguém queria matá-lo. Então pegou essa enfermeira como refém. Após um determinado período, ele liberou essa senhora, mas ele permaneceu atentando contra a sua própria vida com algo semelhante a um garfo, podendo ser também uma faca”, relatou a tenente Félix, da PMPR, que afirmou que a enfermeira não teve nenhum ferimento.

Ainda conforme as informações da polícia, o homem queria que sua família fosse avisada. Enquanto negociava sua rendição, ele causou alguns ferimentos em seu pescoço, ameaçando se matar.

“Ele já tinha alguns cortes no pescoço e para não aumentar a crise, um policial apenas manteve o diálogo com esse indivíduo. A intenção sempre foi que ele deixasse de lado a ideia de atentar contra a sua própria vida. O que ele relatou é que gostaria de ter esse fim para que a sua família visse e ele pudesse ter um um enterro sem ser como indigente”, complementa a tenente.

Com o passar das horas e sem que o paciente indicasse que iria se entregar, a equipe policial conseguiu então intervir no caso, contendo o homem antes que algo mais grave ocorresse.

“Após quase quatro horas de negociações com o cidadão, as equipes de negociação e de operações especiais da Polícia Militar conseguiram, por meio de uso de técnicas não letais, conter o indivíduo em surto, preservando a vida dele e tendo um desfecho positivo para todos. Ele será então medicado e encaminhado posteriormente para uma avaliação psiquiátrica e posteriormente para um internamento, se assim for possível, conforme as orientações médicas”, concluiu a tenente.

Fonte: RicMais

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