Um homem de 39 anos, que era atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boa Vista, em Curitiba, fez uma enfermeira refém, até ser contido pelos policiais, na madrugada desta segunda-feira (24). Conforme as informações da Polícia Militar do Paraná (PMPR), o homem vive em situação de rua e estaria com uma crise de abstinência de uso de entorpecentes. Ao longo da negociação com os policiais especializados em crises, ele liberou a refém, mas passou algumas horas ameaçando tirar a própria vida, até ser contido e encaminhado para atendimento especializado.
De acordo com a PMPR, o homem deu entrada na UPA às 18h do domingo (23). Ele reclamava de dores no peito e, após o primeiro atendimento, acabou dormindo em uma sala de triagem da unidade. Então, assim que acordou, por volta das 20h, ele tomou a enfermeira de refém. A PM então isolou esta área da UPA e bloqueou também a rua em frente, para que a movimentação não atrapalhasse a negociação.
“Ele dormiu por um determinado período e quando acordou, teve alucinações identificando ou imaginando que alguém queria matá-lo. Então pegou essa enfermeira como refém. Após um determinado período, ele liberou essa senhora, mas ele permaneceu atentando contra a sua própria vida com algo semelhante a um garfo, podendo ser também uma faca”, relatou a tenente Félix, da PMPR, que afirmou que a enfermeira não teve nenhum ferimento.
Ainda conforme as informações da polícia, o homem queria que sua família fosse avisada. Enquanto negociava sua rendição, ele causou alguns ferimentos em seu pescoço, ameaçando se matar.
“Ele já tinha alguns cortes no pescoço e para não aumentar a crise, um policial apenas manteve o diálogo com esse indivíduo. A intenção sempre foi que ele deixasse de lado a ideia de atentar contra a sua própria vida. O que ele relatou é que gostaria de ter esse fim para que a sua família visse e ele pudesse ter um um enterro sem ser como indigente”, complementa a tenente.
Com o passar das horas e sem que o paciente indicasse que iria se entregar, a equipe policial conseguiu então intervir no caso, contendo o homem antes que algo mais grave ocorresse.
“Após quase quatro horas de negociações com o cidadão, as equipes de negociação e de operações especiais da Polícia Militar conseguiram, por meio de uso de técnicas não letais, conter o indivíduo em surto, preservando a vida dele e tendo um desfecho positivo para todos. Ele será então medicado e encaminhado posteriormente para uma avaliação psiquiátrica e posteriormente para um internamento, se assim for possível, conforme as orientações médicas”, concluiu a tenente.
Fonte: RicMais