O tema é muito delicado, e precisa ser abordado com muita cautela
O suicídio é um fenômeno complexo e de múltiplas determinações, e pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero
O índice de morte decorrente de suicídio tem aumentado no Brasil, sendo que o suicídio é ainda a 4º maior causa de morte no Brasil.
A cada ano, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida e um
número ainda maior de indivíduos tenta suicídio.
Cada suicídio é uma
tragédia que afeta famílias, comunidades e países inteiros e tem efeitos
duradouros sobre as pessoas deixadas para trás. O suicídio tem ocorrido em
todas as faixas etárias e foi a segunda principal causa de morte entre jovens
de 15 a 29 anos em todo o mundo no ano de 2016.
Vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em
momento de crise, com um colapso na capacidade de lidar com os estresses da
vida – tais como problemas financeiros, términos de relacionamento ou dores
crônicas e doenças.
Além disso, conflitos, desastres, violência, perdas e um senso de isolamento estão fortemente associados com o comportamento suicida. As taxas de suicídio também são elevadas em grupos vulneráveis que sofrem discriminação, como refugiados e migrantes; indígenas; lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI); e pessoas privadas de liberdade.
Esse é um grave problema de saúde pública e precisa ser seriamente analisado.
No entanto, essas tragédias podem ser evitadas, com base em evidências e com intervenções de baixo custo, além de práticas alternativas que possam diminuir a ansiedade, o estresse e a depressão.
Para uma efetiva prevenção, é necessário um diálogo atenciososo sobre o tema em todos os ambientes. Todas as organizações tem o dever de iniciar essa conversa e criar mais iniciativas para a prevenção de doenças psíquicas, que são precedentes para que o indivíduo pense em suicídio. É importante ter uma identificação precoce para que se possa tratar e cuidar de pessoas com esses transtornos mentais. É importante ficar alerta quando perceber em alguém comportamento depressivo, baixa auto estima, frases negativas, para que se possa estrategicamente auxiliar a pessoa.
Muitas pesquisas tem apontado uma profunda relação entre o suicídio e o adoecimento no trabalho, sendo que mais de 70% das licenças concedidas aos empregadores em 2017 por doenças, foram de doenças psíquicas e não físicas.
Longas jornadas de trabalho, abuso de autoridade, baixos salários e precárias condições de trabalho estão ligados aos tantos casos de adoecimento mental.
Como criar estratégias de prevenção?
Todas as organizações podem e devem atuar de forma com que essas estatísticas mudem positivamente.
Grandes empreses tem, através de palestras motivacionais,
contratação de psicólogos e inserção de práticas de meditação e yoga, tornado o
ambiente organizacional mais saudável, diminuindo estresse e até mesmo aumentando
a produtividade.
Todos nós somos co responsáveis pela saúde da sociedade, e cada novo suicídio significa uma deficiência em debates e politicas voltadas a saúde mental que precisam ser resolvidas. Postagens motivacionais em redes sociais, ouvir pessoas depressivas atentamente, elogiar pessoas com baixa auto estima, auxiliá-las a procurar ajuda profissional, diminuir o compartilhamento de noticias que possam ser “gatilhos” podem ser práticas simples e eficientes que transformarão esses quadros depressivos.
Depressão não é frescura. Respeite. Trate e Proteja. Toda mudança começa com pequenas atitudes.
Da redação Portal Cultura Sul FM com informações da OPAS Brasil e OMS.