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O suicídio pode ser evitado. É necessário entender para prevenir

23 de abril de 2019 - Atualizado há mais de 1 ano atrás
5 minutos de leitura

Por Redação 97

O suicídio pode ser evitado. É necessário entender para prevenir

O tema é muito delicado, e precisa ser abordado com muita cautela

O suicídio é um fenômeno complexo e de múltiplas determinações, e pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero

O índice de morte decorrente de suicídio tem aumentado no Brasil, sendo que o suicídio é ainda a 4º maior causa de morte no Brasil.

A cada ano, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida e um número ainda maior de indivíduos tenta suicídio.

 Cada suicídio é uma tragédia que afeta famílias, comunidades e países inteiros e tem efeitos duradouros sobre as pessoas deixadas para trás. O suicídio tem ocorrido em todas as faixas etárias e foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo no ano de 2016.

Vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em momento de crise, com um colapso na capacidade de lidar com os estresses da vida – tais como problemas financeiros, términos de relacionamento ou dores crônicas e doenças.

Além disso, conflitos, desastres, violência, perdas e um senso de isolamento estão fortemente associados com o comportamento suicida. As taxas de suicídio também são elevadas em grupos vulneráveis que sofrem discriminação, como refugiados e migrantes; indígenas; lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI); e pessoas privadas de liberdade.

Esse é um grave problema de saúde pública e precisa ser seriamente analisado.

No entanto, essas tragédias podem ser evitadas, com base em evidências e com intervenções de baixo custo, além de práticas alternativas que possam diminuir a ansiedade, o estresse e a depressão.

Para uma efetiva prevenção, é necessário um diálogo atenciososo sobre o tema em todos os ambientes. Todas as organizações tem o dever de iniciar essa conversa e criar mais iniciativas para a prevenção de doenças psíquicas, que são precedentes para que o indivíduo pense em suicídio. É importante ter uma identificação precoce para que se possa tratar e cuidar de pessoas com esses transtornos mentais. É importante ficar alerta quando perceber em alguém comportamento depressivo, baixa auto estima, frases negativas, para que se possa estrategicamente auxiliar a pessoa.

Muitas pesquisas tem apontado uma profunda relação entre o suicídio e o adoecimento no trabalho, sendo que mais de 70% das licenças concedidas aos empregadores em 2017 por doenças, foram de doenças psíquicas e não físicas.

Longas jornadas de trabalho, abuso de autoridade, baixos salários e precárias condições de trabalho estão ligados aos tantos casos de adoecimento mental.

Como criar estratégias de prevenção?

Todas as organizações podem e devem atuar de forma com que essas estatísticas mudem positivamente.

Grandes empreses tem, através de palestras motivacionais, contratação de psicólogos e inserção de práticas de meditação e yoga, tornado o ambiente organizacional mais saudável, diminuindo estresse e até mesmo aumentando a produtividade.

Todos nós somos co responsáveis pela saúde da sociedade, e cada novo suicídio significa uma deficiência em debates e politicas voltadas a saúde mental que precisam ser resolvidas. Postagens motivacionais em redes sociais, ouvir pessoas depressivas atentamente, elogiar pessoas com baixa auto estima, auxiliá-las a procurar ajuda profissional,  diminuir o compartilhamento de noticias que possam ser “gatilhos” podem ser práticas simples e  eficientes que transformarão esses quadros depressivos.

Depressão não é frescura. Respeite. Trate e Proteja. Toda mudança começa com pequenas atitudes.

Da redação Portal Cultura Sul FM com informações da OPAS Brasil e OMS.

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