Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) permitem fazer os comparativos entre empregos formais com carteira assinada e beneficiários do programa Auxílio Brasil. Em agosto de 2020 o Brasil registrava 25 unidades da Federação com mais pessoas recebendo auxílio emergencial que trabalhadores registrados, agora são 12 com mais benefícios que postos de trabalho ocupados.
Em 2020, no mês de agosto, apenas Santa Catarina e Distrito Federal mantinham mais pessoas empregadas com carteira assinada que beneficiários do auxílio emergencial. Os dados recentes mostram, agora, a relação entre o Auxílio Brasil e postos de trabalho formais ocupados no Brasil. As 12 unidades da Federação onde o número de benefícios supera de empregados registrados estão no Norte e Nordeste.
Santa Catarina segue o Estado menos dependente do Auxílio Brasil são 2.314.455 catarinenses com carteira assinada, conforme os últimos dados oficiais divulgados pelo CAGED, frente a 186.943 beneficiários do Auxílio Brasil. Rio Grande do Sul tem 2.603.803 empregos formais e 514.855 beneficiados no programa, Paraná 2.859.890 trabalhadores empregados e 535.536 recebendo o auxílio.
Do outro lado da tabela, Maranhão tem 1.100.451 beneficiários do Auxílio Brasil e 529.208 trabalhadores formais. Bahia 2.211.315 benefícios e 1.821.479 empregos com carteira assinada; Piauí 540.622 auxílios e 302.392 postos de trabalho com registro; Paraíba 612.051 beneficiários e 431.929 empregos formais. Essa realidade, de dependência do programa federal também ocorre em outros Estados da região.
No eixo Norte/ Nordeste, apenas Rio Grande do Norte, Roraima, Tocantins e Rondônia escapam da estatística de possuírem menos empregos com carteira assinada que beneficiários do Auxílio Brasil. Nos dois primeiros, a diferença é apertada e nos dois seguintes o número de empregados formais tem relativa vantagem sobre o número de benefícios pagos pelo Governo Federal para as pessoas.
Antes da pandemia, segundo os dados oficiais, eram oito Estados com mais benefícios do Bolsa Família que empregos com carteira assinada. O número subiu para dez em 2020 e, com o programa Auxílio Brasil, são 12 unidades da Federação com mais beneficiários que trabalhadores formais registrados, ou seja, 18 milhões de beneficiários do Bolsa Família e 41 milhões de empregados com carteira de trabalho.
Esse número de benefícios do Auxílio Brasil chega a 44% dos empregos formais com carteira assinada. O novo programa federal incluiu 2,7 milhões de em janeiro e aumentou o percentual frente aos trabalhadores registrados. Mantendo essa maior dependência, justamente, nos Estados do eixo Norte e Nordeste, onde historicamente existe na região menor oferta de postos de trabalho formal.
Da redação com informações e dados do CAGED e Auxílio Brasil e imagem Agência Brasil