O Dia dos Pais é comemorado neste dia 13 de agosto e é uma data importante para lembrar da importância da presença paterna durante o crescimento dos filhos, mas você sabia que se tornar pai pode mudar o cérebro do homem? Essa é apenas uma das características do cérebro de um pai.
As mudanças do cérebro com a paternidade
De acordo com o Pós PhD em neurociências e membro da Society for Neuroscience nos EUA e da Sigma XI, Fabiano de Abreu Agrela, a chegada da paternidade altera o cérebro do homem.
“Já existem estudos que demonstram as mudanças que ocorrem no cérebro do homem após se tornar pai. Por exemplo, já foram observadas alterações em determinadas regiões do cérebro, como a amígdala, a ínsula e o núcleo accumbens, áreas relacionadas à atenção, recompensa, vigilância e fortes emoções de acordo com o tempo que o pai passa com a criança, o que se repete tanto em pais heterossexuais, quanto homossexuais, em diferentes intensidades e a depender do indivíduo”.
“Também foram demonstradas, através de dados de exames de neuroimagem estrutural, em um estudo publicado na revista Cerebral Cortex, alterações anatômicas no volume do córtex cerebral dos pais, uma redução no tamanho do cérebro do homem após se tornar pai que volta ao tamanho normal algum tempo depois. Isso tem relação com a necessidade do foco no bebê”, explica Agrela.
Diferenças entre o cérebro da mãe e do pai
“O cérebro da mulher e do homem são diferentes naturalmente e mesmo com as mudanças que sofrem após a chegada de um filho eles se mantém dessa forma, em geral, os homens têm 30% mais conexões entre os neurônios do que as mulheres e é cerca de 12% maior, já o das mulheres possui uma maior proporção de substância cinzenta e fluxo sanguíneo, o que os faz processar as informações de formas diferentes”.
“Mas além disso, a testosterona, presente em maior escala nos homens, o que estimula comportamentos impulsivos, enquanto, devido a processos ligados à gravidez, a mãe tem maiores níveis de ocitocina, ajuda com as contrações no trabalho de parto, e prolactina, que auxilia o processo de amamentação, responsáveis pelo apego materno a o bebê”.
“Nenhuma dessas características diz que pai ou mãe são melhores ou piores, mas sim que possuem características e comportamentos diferentes que de forma particular contribuem para a formação, cuidado e desenvolvimento da criança”, afirma Agrela.
Portal 97 com informações Bem Paraná
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