Um vídeo circulou nas redes sociais, com manifestantes fazendo gestos que poderiam significar apologia ao nazismo. A situação ocorreu em manifestação na manhã desta quarta-feira (2/11) e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) realizou a identificação de supostos envolvidos, analisou imagens e conversou com testemunhas dos atos.
Nessa avaliação preliminar se observou “que não houve intenção, aparentemente, de fazer apologia ao nazismo, não havendo evidências de prática de crime, muito embora a atitude ser absolutamente incompatível com o respeito exigido durante a execução do hino nacional e poder gerar alguma responsabilidade”, divulgou o MPSC. O GAECO foi acionado e atuou de forma rápida para investigar a situação relatada.
Para o Ministério Público, o gesto realizado pelos manifestantes foi executado após serem conclamados pelo locutor do evento, empresário local, a estenderem a mão sobre o ombro da pessoa a sua frente ou, se não houvesse, para que estendessem o braço, a fim de “emanar energias positivas”. Conforme a investigação, esse relato foi confirmado por policial que acompanhava a manifestação, bem como por diversos repórteres que estavam no evento.
“Em diligências, não restou evidenciada nenhuma ligação do referido locutor com nazismo, bem como foram identificadas imagens que os manifestantes por diversos momentos realizaram orações, inclusive se ajoelhando em frente ao quartel do Exército, trazendo verossimilhança à narrativa que não se tratava de gesto nazista”, explica o MPSC. Ainda, segundo a investigação do órgão, a existência de bandeira neonazista seria falsa.
“Ainda, da análise das imagens, também ficou demonstrado que há divulgação de notícia não verídica de presença de bandeira neonazista na manifestação de São Miguel do Oeste/SC, pois a imagem não é compatível com o município em que a manifestação é realizada”, explica. O GAECO produziu um relatório que será encaminhado para a 40ª Promotoria de Justiça da Capital, caso se tenha interesse, as investigações podem ser aprofundadas.
Da redação com informações do MPSC e imagem reprodução/redes sociais