Dois dias após o Brasil ultrapassar os Estados Unidos da América no percentual de população que recebeu o esquema vacinal completo contra a Covid-19, o Ministério da Saúde amplia o público da 3ª dose e reduz o tempo entre vacinas. A dose de reforço será após cinco meses da 2ª e um mês a menos que era o protocolo anterior.
Neste domingo (14/11), de acordo com dados do Our World in Data, mantido pela Universidade de Oxford, o Brasil chegou ao total de 59,75% da população de plenamente vacinados, contra 57,58% nos Estados Unidos. Em agosto, já havia ultrapassado os estadunidenses em percentual da população total que recebeu a 1ª dose.
No final da manhã desta terça-feira (16/11), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a redução do intervalo de tempo para aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19, dos atuais seis meses para cinco meses. A decisão, que será implementada pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios, contempla todas as pessoas acima de 18 anos.
A nova determinação não leva em conta nem grupo etário ou profissão. Inclusive aquelas que receberam a Janssen, que passa a contar com uma segunda dose – aplicada dois meses após a primeira – e a dose de reforço. “Já tínhamos autorizado a aplicação desta dose de reforço, ou adicional, para todos aqueles que tinham tomado a segunda dose há mais de seis meses e que tivessem [mais de] 60 anos”, explicou o ministro.
“Agora, graças às informações advindas dos estudos científicos realizados para avaliar a aplicação da terceira dose – e dos quais já temos dados preliminares -, decidimos ampliar esta dose de reforço para todos aqueles acima de 18 anos de idade que tenham tomado a segunda dose há mais de cinco meses”, detalhou Marcelo Queiroga.
Segundo o Ministério, o estoque de imunizantes será suficiente para atender à demanda. Atualmente, há 12,47 milhões de pessoas aptas a receber a dose adicional. 350 milhões de doses das vacinas contra a Covid-19 já foram distribuídas para todo o país, e mais de 297 milhões já foram aplicadas ao longo de onze meses. Mais de 157 milhões de pessoas tomaram ao menos uma dose do imunizante.
Isso representa 88% do público-alvo previsto no plano nacional de vacinação contra a doença. No entanto, cerca de 21 milhões de pessoas ainda não retornaram para tomar a segunda dose na data prevista. Pessoas na faixa entre 25 e 34 anos formam a maioria dos que ainda não compareceram para tomar a segunda dose.
Outra mudança é em relação à vacina da Janssen. “No início, a recomendação era de que esta vacina fosse de dose única. Hoje, sabemos que é necessária esta proteção adicional. Então, quem já tomou a Janssen, agora vai tomar a segunda dose do mesmo imunizante. E, lá adiante, cinco meses após [a segunda dose], um reforço com imunizante diferente”, relatou Queiroga. A 2ª dose da Janssen deverá ser ministrada a partir de dois meses da 1ª.
Da redação com informações e foto do Ministério da Saúde/ Marcelo Camargo/Agência Brasil