As negociações foram mais intensas nesta quarta-feira (22) e quinta-feira (23), com maiores volumes e favorecidos pela alta do dólar. O CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Universidade de São Paulo (USP) aponta melhoria do preço internacional e a negociação em contratos futuros na CBOT (Bolsa de Mercadorias de Chicago).
Esse conjunto de fatores trouxe uma melhoria no preço de R$ 2,00 a R$ 3,00 por saca. Se o mês de abril fechou abaixo de US$ 25,00 de acordo com dados do CEPEA, agora o preço fechou em 27 dólares e 20 centavo. Com a moeda dos Estados Unidos da América mais valorizada frente ao Real, cotação fechou em R$ 5,14 para cada dólar, os valores ficaram melhores.
Levando em conta o preço em reais no final de abril, abaixo de R$ 130,00 por saca de 60 quilos negociada na Bolsa de Valores e referenciada para o Porto de Paranaguá, nesta quarta-feira, o valor final superou os R$ 140,00. Enquanto o preço no Sul do Estado está entre R$ 123 e 126,00 conforme o Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná.
Para a Safras Consultoria, essa janela de negócios está mais curta, com a maior parte das indicações para o mês de julho. Disso também, preços mais altos levando em cota a preocupações com as perdas no Rio Grande do Sul devido as inundações. Esse valores também melhoraram para vendas futuras, farelo e óleo de soja, conforme essas informações divulgadas.
Um fator que ainda atrapalha as negociações e mantém os preços com pequenos movimentos positivos é a boa colheita dos últimos anos e a manutenção de estoques em alta. Somado ao fato dos Estados Unidos ampliarem suas áreas de cultivo e potencializarem essa concorrência com a soja brasileira, disputando mercados, especialmente o chinês e o europeu.
Portal 97 com informações do CEPEA, Conab, Deral e imagem AEN.
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