Faleceu aos 74 anos, na tarde desta terça-feira, 26 de novembro, Roberto Edy Rujanowski, que trabalhou por mais de 60 anos na Rádio Clube de Canoinhas.
Roberto, começou no rádio aos 13 anos de idade como operador na Rádio Canoinhas, hoje Rádio Clube.
O seu velório está sendo realizado na capela mortuária São José e o seu sepultamento está marcado para às 16h no Cemitério Municipal Jardim das Hortênsias. Robertinho deixa a esposa, três filhos, um neto e muitos amigos.
Em 1966, Edy entrou no ar. “Um dia faltou um locutor e me chamaram para apresentar o programa Gentilezas. Tremi na base, mas consegui”.
Por muitos anos apresentou o programa Hora do Chimarrão e também o Brasil Rural. Atualmente estava afastado do Rádio por problemas de saúde.
Roberto Edy na Rádio Planalto de Major Vieira.
Os mais novos não lembrarão, mas Roberto Edy, passou pela Rádio Planalto de Major Vieira. Ele apresentou por uma semana, o programa Show da Tarde, das 13h às 16h e à época o Rádio Jornal Meio dia. Isso lá no ano de 2003, quando a emissora foi adquirida pelo Radiodifusor, Joselde Cubas Batista. Robertinho, com sua voz marcante e já conhecido de muitos majorvieirenses, recebia, à época, vários telefonemas de ouvintes que lhe perguntavam: saiu da Clube Roberto? Vai trabalhar na Planalto, agora? Ele, carinhosamente no ar, respondia que estava cobrindo férias.
Roberto Edy, também chamado carinhosamente de Robertinho, dedicou sua vida ao rádio e durante todo esse período na rádio Clube de Canoinhas.
Em 2017, quando estava de férias, Robertinho esteve visitando seus colegas de trabalho na Clube e aproveitou para falar um pouco sobre sua trajetória, no programa Clube Comunidade.
Apaixonado pela profissão, o comunicador iniciou cedo no rádio. Começou como operador de som, mas logo surgiu uma oportunidade de ser locutor. “Uma profissional de locução não pode ir ao trabalho devido a um problema de saúde, e aí sobrou pra mim”, contou Roberto. Esse foi o início de uma carreira de sucesso.
O comunicador falou também sobre as dificuldades que foram enfrentadas pela rádio Clube. Em 1968 a emissora foi totalmente destruída por um incêndio, naquela época ainda chamava-se Rádio Canoinhas e estava situada no centro da cidade, não restando nada dos equipamentos e documentos, perdendo-se aí todo o seu acervo histórico. Também lembrou da enchente de 1983 que trouxe grandes prejuízos à emissora.
Roberto falou da evolução dos equipamentos utilizados nas emissoras, pois no tempo em que ele iniciou ainda usavam-se discos de vinil. “Às vezes caía a agulha e ficava enroscando o disco” contou. Ele enfatizou também a evolução tecnológica da rádio Clube nos últimos anos. “Hoje é tudo digital, tá no computador, e fica mais fácil para quem trabalha na locução”, afirmou.
“Estive aqui na rádio na época da enchente, na época do incêndio, quando instalaram os equipamentos digitais, estive em tudo e estarei na migração pra FM também” concluiu.
Em sua última entrevista, gravada para o podcast Hora do Chimarrão, ele emocionou colegas e ouvintes ao recordar sua trajetória e falar sobre as transformações no rádio ao longo das décadas. “O rádio sempre foi minha casa, minha vida”, declarou Edy, relembrando com carinho sua entrada na emissora em 1963. Ele também destacou o impacto de programas como o “Gentilezas”, que durante anos foi uma referência de interatividade com o público.
Fonte: PNNOTICIAS