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Líderes dos caminhoneiros desmentem paralisação nacional que estaria prevista para outubro, apesar de vídeos circulando nas redes

21 de outubro de 2025 - Atualizado há 3 horas atrás
3 minutos de leitura

Por P97

Líderes dos caminhoneiros desmentem paralisação nacional que estaria prevista para outubro, apesar de vídeos circulando nas redes

Foto: Internet

Nas últimas semanas, circulam nas redes sociais vídeos e publicações convocando uma paralisação nacional de caminhoneiros e setores do agronegócio que aconteceria nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025. Em um dos vídeos que viralizou, é exibido o seguinte texto:

“Caminhoneiros e setor do agro prometem parar o Brasil amanhã. Movimento ganha força nas estradas e no campo em protesto contra o governo. O país pode parar nas próximas horas. Caminhoneiros e representantes do agronegócio de diversas regiões afirmam que a paralisação nacional começa oficialmente amanhã.
Hoje, motoristas e produtores realizaram apenas uma mobilização de alerta, bloqueando parcialmente alguns pontos de rodovias e centros de abastecimento. Segundo líderes do movimento, a ação de hoje foi ‘um aviso’.
‘Estamos cansados desse governo que está quebrando o agro e o país, afirma! Amanhã o Brasil vai sentir o peso de quem carrega essa nação nas costas’, declarou um dos representantes dos caminhoneiros.
O setor do agronegócio também aderiu ao protesto, alegando que decisões recentes em Brasília estão afetando diretamente a produção e a exportação.”

O vídeo ainda alertava para possíveis impactos no transporte de alimentos, combustíveis e insumos, e informava que o Ministério da Justiça estaria em “estado de atenção” para monitorar eventuais bloqueios.

No entanto, líderes de entidades representativas dos caminhoneiros negaram oficialmente qualquer adesão à paralisação. Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), afirmou que a informação é falsa e teria sido disseminada por integrantes do agronegócio alinhados à extrema-direita. “Não acredito que a categoria vai se deixar manipular por uma pauta política”, declarou Litti. Ele alertou ainda que alguns empresários do setor agropecuário poderiam paralisar seus caminhões para simular uma greve de caminhoneiros autônomos, prática já observada anteriormente.

Walace Landim, conhecido como Chorão, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), também refutou a convocação: “Não vamos deixar usarem a categoria como massa de manobra. Mais uma vez estão tentando usar caminhoneiros para manifestações. Não vamos compactuar com isso”, afirmou em vídeo divulgado em grupos de WhatsApp.

Apesar das publicações e vídeos circulando, não há registro de adesão formal de entidades representativas do setor de transporte, do agronegócio ou de partidos políticos à paralisação. Até o momento, a mobilização segue sendo apenas um assunto em apuração, sem confirmação de paralisação efetiva em nenhuma região do país.

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