Depois de se confundir com as palavras “é o parecer juri… e o parecer pra… aaa… apenas a votação então do requerimento para o regime de urgência”, na sua fala durante a sessão de 12 de dezembro, Valter Przywitowski supostamente errou cálculo de dias sobre o tempo da proposição estar na Câmara. Na sessão extraordinária, que aprovou o projeto sobre gratificações de R$ 15 mil por mês, no dia 20 de dezembro, novamente o parlamentar comentou um deslize. Dessa vez matemático.
“O projeto está a mais de 15 dias aqui entre o requerimento que a gente votou de urgência e o dia votação, né. Dava tempo de ter feito emendas, ter feito correções e nada disso foi feito. Então são falácias e narrativas que surgem aqui nessa Casa”, disse Valter Przywitowski. Ao passo que parabenizou os vereadores, indicando com isso licitações de obras para o ano que vem (2024 será ano eleitoral).
O fato é que o próprio portal da Câmara aponta esse requerimento ter sido aprovado no dia 12 de dezembro e a sessão extraordinária ocorreu dia 20. Ou seja, apenas 8 dias entre o pedido de urgência e a votação, mas na calculadora do líder da prefeita Fernanda Sardanha, o “projeto está a mais de 15 dias aqui entre o requerimento que a gente votou de urgência e o dia votação”. Assim como da última vez, Valter Przywitowski não respondeu mensagens da reportagem, até para esclarecer os fatos.
Um projeto foi apresentado no dia 4 de dezembro, de nº 038/2023, que teve o regime de urgência reprovado. Dia 6 de dezembro a prefeitura pediu a retirada dele da Câmara, conforme informações do portal da Casa de Leis, e no dia 12 de dezembro apresentou outro com basicamente o mesmo teor, mas de nº 041/2023. No caso esse último aprovado pelos vereadores, após requerimento de urgência votado dia 12 de dezembro.
A manobra política parece ter confundido até a liderança na sua argumentação para dizer que “são falácias e narrativas que surgem”. Ao passo que, os demais vereadores também parece não ter percebido a confusão e justificativa com esse erro matemático, de 12 para 20 são 8 (oito) e não mais de 15. Além do que, se Valter Przywitowski baseou seu entendimento no projeto 038, no caso, não teve urgência aprovada.
Da redação Portal 97 com imagem/reprodução da Câmara de São Mateus do Sul
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