A Pfizer informou, nesta terça-feira (16/11), que vai permitir aos fabricantes de medicamentos genéricos a reprodução de seu comprimido antiviral contra Covid-19 em 95 países de renda baixa e média, por meio de um acordo de licenciamento com o Grupo de Patentes de Medicamentos (MPP). Segundo a farmacêutica, esse remédio reduziu em quase 90% o agravamento por infecção com Coronavírus.
Com a licença da farmacêutica, o grupo, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), terá sublicenças para fabricar genéricos qualificados a partir das versões do PF-07321332. Ao passo que, a Pfizer venderá os comprimidos com a marca Paxlovid. O medicamento, segundo o laboratório, reduziu a chance de hospitalização ou morte de adultos com risco de doenças graves em 89% em seu estudo clínico.
O remédio será usado em combinação com o ritonavir, um medicamento de tratamento de HIV que já tem versão genérica. O acordo de licenciamento da Pfizer é semelhante ao rival MSD para a fabricação de genéricos e tratamento contra a doença. Os acordos são arranjos incomuns que reconhecem a necessidade premente de eficácia e pressão para tornar seus medicamentos capazes de salvar vidas, acessíveis a custo muito baixo.
“Estamos extremamente satisfeitos por ter mais uma arma em nosso arsenal para proteger as pessoas dos estragos da covid-19”, disse Charles Gore, diretor executivo do MPP, em entrevista. A expectativa é de estar com o medicamento genérico disponível em poucos meses. 95 países estão dentro desse acordo de licenciamento e cobrem cerca de 53% da população mundial. O Brasil não está nessa lista.
As nações perfazem cidadãos de renda baixa e média-baixa, além de alguns de renda média-alta da África subsaariana. Também estão entre eles países que passaram da condição de renda média-baixa para renda média-alta nos últimos cinco anos, conforme o anuncio da Pfizer e o MPP. A farmacêutica dispensará os direitos autorais nas vendas para países de renda baixa e outros países cobertos pelo acordo.
A regra vale enquanto a Covid-19 continuar sendo classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como emergência de saúde pública de relevância internacional. “Acreditamos que tratamentos orais de antivirais podem desempenhar papel vital na redução da gravidade das infecções de Covid-19. Pecisamos trabalhar para fazer com que todas as pessoas – independentemente de onde moram ou de suas circunstâncias – tenham acesso a esses avanços”, disse o executivo-chefe da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado.
Da redação com informações e foto reprodução Agência Brasil/Pfizer