Por cerca de 48 horas, a jovem Eduarda Pompeu, de 20 anos, repensou todos os planos futuros ao receber um teste de gravidez com resultado positivo.
A moradora de Curitiba fez o exame para garantir que não estava grávida e colocar um dispositivo intrauterino (DIU).
“Fiquei desesperada, passei muito mal, eu chorei, vomitei, entrei em desespero, tive crise de pânico, chorei bastante, fiquei muito nervosa. […] Eu repensei a minha vida inteira. Pensei em tudo, falei: ‘Meu Deus, eu tenho 20 anos, como que eu vou fazer? Como que eu vou cuidar sozinha? Na minha casa não cabe’. Eu e minha amiga já tínhamos escolhido o nome do bebê. Eu fiquei realmente muito nervosa, foram muitas emoções”, relembra.
Porém, dois dias depois, ela descobriu que o resultado do exame estava errado.
A surpresa
A jovem conta que, um dia antes do procedimento para colocar o contraceptivo, decidiu ler o exame.
De acordo com ela, o resultado trazia ainda a indicação de que Eduarda estava grávida de três a quatro semanas. Veja:
Jovem pensa estar grávida e descobre erro em exame, em Curitiba — Foto: Reprodução
O exame beta HCG é realizado por meio da coleta de sangue e indica se a mulher está ou não grávida.
A ginecologista e obstetra Maria Tereza Fávero explica que o teste detecta a presença do hormônio HCG no sangue e mostra se há indícios de gravidez e qual o tempo de gestação.
Geralmente, o exame é solicitado por ginecologistas antes da colocação do DIU, como foi o caso de Eduarda. Fávero explica que ele não é obrigatório para o procedimento, mas é prudente que o médico o peça.
‘Chorei um monte’
Com a confirmação da gravidez, a jovem, que afirma usar métodos anticoncepcionais, chegou a ir a um psiquiatra e a tomar remédios calmantes indicados pelo profissional.
“Saí com uma amiga minha nesse mesmo dia. Ela estava planejando um chá de bebê, nome, um monte de coisa… Chorei um monte, foi o dia que eu mais chorei na vida”, conta.
Eduarda, então, contou à mãe, que é enfermeira, que sugeriu que as duas fossem até uma clínica, para que uma profissional fizesse a leitura do resultado.
A enfermeira que as atendeu confirmou que, segundo o exame, a jovem estava grávida.
Desconfiança
Exame beta HCG é feito com base na coleta de sangue das pacientes — Foto: Prefeitura de Assis/Divulgação
Apesar de Eduarda ter começado a aceitar que estava grávida, a médica ginecologista que a atendeu desconfiou do resultado.
A jovem relata que os ultrassons feitos pela profissional não indicavam gravidez. Com isso, a médica pediu que a jovem fizesse mais um exame do tipo beta HCG.
Por precaução, Eduarda fez mais dois e ambos deram negativo, indicando que a jovem não estava grávida. Ao receber a notícia, Eduarda conta que ficou aliviada.
Erro no exame
Com os resultados negativos em mãos, a jovem confrontou o laboratório responsável pelo primeiro exame. De acordo com ela, inicialmente o local sugeriu que o exame dela foi acidentalmente trocado.
Ela relata que, depois de um tempo, o laboratório a procurou e confirmou que não houve troca, mas sim um erro na elaboração do resultado do exame.
A instituição informou que está verificando o caso e tratando o assunto diretamente com Eduarda.
Jovem acreditou que estava grávida e compartilhou a história nas redes sociais — Foto: Reprodução/Twitter
Conforme Fávero, o beta HCG é um exame sensível e, quando feito de maneira adequada, geralmente aponta o resultado correto.
“É um exame muito sensível e com 99% de segurança, portanto, resultado falso positivo e falso negativo são raros e normalmente correspondem à troca de laudos ou erros de digitação do resultado”, afirma.
Em comparação com outros exames que identificam a gravidez ele é mais seguro.
“O exame urinário de gestação, aquele que se compra em uma farmácia comum, tem um risco de dar falsamente positivo, pois este detecta apenas a fração HCG e não a BETA HCG, sendo que algumas desordens hormonais, principalmente a tireoidiana, podem gerar esse falso positivo”, esclarece.
Aprendizado
Passado o susto, Eduarda conta que o episódio serviu de aprendizado. Ao visualizar o que mudaria na própria vida ao se tornar mãe, a jovem diz ter percebido que precisaria passar a priorizar coisas diferentes.
“Querendo ou não, a gente se priva de algumas coisas e filho é um negócio que é pra sempre. Aí eu descobri que não estava grávida e pensei: ‘E eu aqui bobeando ao invés de dar valor”, conta.
Eduarda relata ainda que a mãe a alertou que a situação foi um sinal.
“Minha mãe falou: ‘Agora é aviso de Deus, toma cuidado, faça as coisas que você queria fazer e achou que não poderia mais'”, diz.
Repercussão
Na quarta-feira (12), Eduarda compartilhou a história por meio do Twitter, que viralizou.
Até quinta-feira (13), os cinco tweets tinham sido vistos por mais de 3,9 milhões de usuários, contava com mais de 4,8 mil compartilhamentos e mais de 53 mil curtidas.
A repercussão não era esperada pela jovem, que disse ter feito a publicação para os amigos como um “resumo das 24 horas mais doidas da vida dela”.
Com Informações G1
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