Na tarde desta terça-feira (30/03) foi realizada uma reunião na Câmara de São Mateus do Sul entre os vereadores e responsáveis pelo Hospital e Maternidade Doutor Paulo Fortes, com presença da secretaria de Saúde, Marly Perrelli e responsável pelo Pronto Socorro Municipal Stephany Rincão. O assunto foi a morte de Silvino Chaves, de 55 anos, ocorrida em no dia 16 de março.
O vereador Jeciel Franco iniciou a reunião por volta das 15h40 e abriu espaço para a responsável pelo Pronto Socorro relatar sua versão dos fatos. Stephany relatou que o paciente chegou no local por volta das 04h30 da madrugada do dia 15 de março, com dores abdominais. Ele foi atendido e houve a tentativa de internar no Hospital e Maternidade Doutor Paulo Fortes, por suspeita de Covid-19.
Não havia vaga na ala reservada para infectados com o Coronavírus, em isolamento dos demais pacientes. Mais tarde, por volta das 17h30 houve nova tentativa de internamento no Hospital de posse de exame negativo, emitido por laboratório da cidade. Negado pela equipe do Paulo Fortes. Da mesma forma, outro prestador de serviços de São Mateus do Sul não aceitou fazer exame devido à suspeita de Covid-19.
Um outro exame de laboratório, em outro prestador de serviço, foi realizado e novamente apresentou resultado negativo. A secretária de Saúde fez contato com o hospital e obteve a informação de que para internar seria necessário a apresentação do exame PCR negativo. Segundo ela, em seguida foi até o Pronto Socorro onde foi avaliada a necessidade de cirurgia, mas somente no Paulo Fortes.
A alegação do hospital era de que o apropriado seria um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e estando no Pronto Socorro não teria diferença do internamento disponível na ala Covid-19 do Paulo Fortes. Inclusive citando a necessidade, desde o início do atendimento, de incluir o paciente na central de leitos. Inclusive alegando que existe ‘uma pessoa’ teoricamente trabalha contra a entidade, por ter sido desligado, e que este por qualquer coisa liga para a promotoria denunciando o hospital.
No caso, o hospital tem quatro leitos para isolamento e, mesmo não colocado como referência para Covid-19 pela 6ª Regional de Saúde, por a unidade não ter UTI. A direção do hospital informou que a ala do Coronavírus segue os protocolos estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde. O fato de não ter sido cadastrado na central de leito, segundo relatado, foi por o paciente não estar internado no hospital, e que a 6° regional possuía um protocolo que somente pacientes que estavam internados no hospital poderiam ser cadastrados na central de leitos para aguardar vagas.
Havia o entendimento de que para ter acesso à central de leitos seria necessário estar internados no hospital, sendo vedado o cadastro sem o internamento. Situação que teria sido revertida pela prefeita Fernanda Sardanha, junto à 6ª Regional, permitindo os pacientes na central de leitos a partir do Pronto Socorro.
Ao final da reunião, Jeciel Franco lamentou a falta de diálogo entre Pronto Socorro e Hospital. Segundo ele, o foco da conversa não seria para julgar as ações dos órgãos ou entidades e sim para buscar efetivamente que os atendimentos melhores. O vereador disse que requer mais transparência nos serviços dos órgãos de saúde do município e cobrou mais agilidade nas respostas de requerimentos por parte da direção do Paulo Fortes.
Reportagem produzidas com informações e fotos via redações dos portais Cultura Sul FM e ClicSul News