No mês de janeiro deste ano, a prefeitura de São João do Triunfo anunciou repasse da ordem de R$ 3,36 milhões para o Hospital e Maternidade Imaculada Conceição, em parcelas mensais. Em torno de R$ 280 mil todo mês para, segundo a publicação, ampliar e dar continuidade nos serviços prestados. Na noite desta segunda-feira (16/05) se confirmou a demissão de um médico, mas com afirmação de ampliar o atendimento.
Circula a informação, nas redes sociais, de que a escala de médicos “não estaria fechando”. Um desabafo de uma usuária foi retransmitido nos grupos de WhatsApp. Também circulou um vídeo de discussão interna. A reportagem procurou o provedor do Hospital, Edinei Filipak, e a secretária de Saúde para ouvir o posicionamento de ambos sobre as reclamações disseminadas pela internet.
O Hospital e Maternidade Imaculada Conceição tem convênio com o município para custear o pagamento dos atendimentos de urgência e emergência, dos plantões médicos, para aquisição de materiais e equipamentos. Além de dar continuidade nos serviços de endoscopias, ecografias, procedimentos cirúrgicos, procedimentos pediátricos e pequenas cirurgias realizadas pelo hospital, segundo divulgou a prefeitura.
Para Edinei Filipak, a “contratação ou exoneração, cabe a gestão do hospital fazer.” Procurado pela reportagem, o provedor citou de que o hospital tem dificuldades para contratar plantonistas durante o dia, pela ausência de médicos morando em São João do Triunfo. Dois profissionais triunfenses e moradores da cidade, segundo ele, “terão prioridades nas escalas de plantão”.
“Inclusive, a partir de agora, o hospital de forma inédita, terá dois médicos de plantão para melhor atender a população, coisa que jamais imaginávamos ter à disposição da população”, afirmou Edinei Filipak. “Quanto ao médico dispensado, não existe nada de anormal, pois, contratações e exonerações, são normal em qualquer lugar, e neste caso trata de substituição”, respondeu sobre a demissão feita.
Procurada pela reportagem, a secretária de Saúde, Etiele Lara, colocou se posicionou. “Destes fatos, amanhã pedirei informações para a gestão do hospital, já que hoje, são 23:20 minutos. Nesse sentido, devido ser altas horas da noite, e sem motivos urgentes para acordar os colaboradores da área administrativa do hospital, limito a resposta de que o Município tem contrato dos serviços de urgência e emergência, e jamais interfere nas contratações dos profissionais médicos, desconhecendo quais profissionais são contratados e demitidos, sendo estas atribuições de inteira responsabilidade do hospital. De outro lado, não temos interrupção dos serviços pela entidade hospitalar, fato preponderante para a manutenção do convênio.”
Após ter sido informado do desligamento, o médico demitido veio até a sala de espera e confrontou o provedor. “Alguém pergunta para ele o motivo que está me desligado”, indagou o profissional em vídeo que circula nas redes sociais. Edinei não respondeu ao público presente e disse que daria satisfação para quem lhe perguntasse. “Vocês estão vendo quem é o provedor de vocês, né. Tomem cuidado, tá!”, advertiu o médico.
Da redação com informações coletadas por depoimentos, áudios e vídeos nas redes sociais, provedor do Hospital e secretária de Saúde e imagem reprodução do vídeo divulgado com o médico demitido e o provedor