A paralisação nacional convocada por parte da categoria dos caminhoneiros não teve adesão significativa — e até o momento as rodovias federais permanecem sem bloqueios ou interdições.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), nenhuma comunicação formal sobre mobilizações foi registrada. A corporação ressalta que, conforme o disposto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), qualquer ato que impeça ou perturbe a livre circulação de veículos e pedestres depende de autorização prévia da autoridade competente — o que não ocorreu.
Expectativa x Realidade
A greve foi convocada para esta quinta-feira (4/12), com a expectativa de mobilização em diversas regiões do país. Entre as reivindicações da categoria estão estabilidade contratual, reestruturação do marco regulatório do transporte de cargas, aposentadoria especial para motoristas autônomos e garantia de melhores condições de trabalho.
Entretanto, a adesão foi considerada menor do que o previsto. No Distrito Federal, as rodovias e vias de acesso amanheceram sem bloqueios ou manifestações até as 8 h desta quinta-feira. O mesmo padrão foi observado em estados como São Paulo e Rio de Janeiro.
Consequências para a população e o abastecimento
Com as estradas liberadas e o fluxo de veículos normal, a circulação de cargas e transporte de mercadorias segue sem interrupções — o que evita crises de abastecimento e garante o funcionamento regular dos serviços, como distribuição de combustíveis, alimentos e produtos essenciais. Analistas consideram que a baixa adesão da greve evitou os transtornos econômicos e sociais observados em paralisações anteriores.
Para a PRF, o cenário atual reforça a importância das regras de mobilização: “Nenhuma ação que perturbe o trânsito pode começar sem autorização prévia” — e sem essa autorização, qualquer bloqueio é considerado ilegal.
O que esperar dos próximos dias
Até o momento, não há indícios de novos bloqueios ou paralisações programadas. As entidades que convocaram a greve ainda não se manifestaram oficialmente para apresentar balanço ou reforçar a mobilização. A expectativa de especialistas é que, com a repercussão negativa e a falta de adesão, o movimento perca força — pelo menos por ora.