Nossa entrevistada do 4º episódio do Mulheres em Cena não escolheu um caminho comum, escutou um chamado silencioso, porém firme, e disse sim a uma vida inteira de entrega. Irmã Maria de Fátima dos Santos transforma a fé em ação e nesse episódio vamos mostrar a história de quem faz da vida religiosa uma ponte entre o amor de Deus e a comunidade.
Um chamado que inquietou
Desde pequena, irmã Maria de Fátima cresceu próxima da Igreja, acompanhando a família nas celebrações e participando do coral e da música. Aos 12 anos, já tocava teclado e cantava nas missas. Mas, mesmo assim, algo dentro dela parecia pedir mais.
“Um dia, uma irmã de outra congregação foi visitar a minha comunidade e falou sobre vocação, sobre o chamado de Deus. Aquilo despertou algo forte em mim”, relembra.
A semente lançada naquele encontro floresceu rápido. Ainda naquele dia, ao final da missa, o padre — em um gesto simples, mas marcante — olhou para ela e disse: “Essa aqui que se candidatou”. Uma frase que, naquele momento, incendiou o coração da jovem.
Em 2011, ela ingressou na Congregação das Irmãs da Sagrada Família e, desde então, vive essa missão com intensidade. Já são 11 anos de vida religiosa, dedicados ao serviço, à oração e ao amor ao próximo.
Presença que transforma
Quando perguntada sobre o papel da mulher consagrada hoje, irmã Maria de Fátima não hesita:
“É um papel muito importante, tanto na comunidade, como nas paróquias e até nas escolas. A irmã consagrada leva o perfume de Cristo para as pessoas”.
Essa presença discreta, mas constante, faz diferença — especialmente entre os jovens. Ela destaca que a juventude tem sede de atenção, de carinho e de alguém que caminhe junto: “Isso vai fazendo com que a gente consiga levá-los para Deus”.
O que move o coração
Entre atividades do dia a dia e encontros com a comunidade, o que mais toca o coração da irmã é justamente essa necessidade de presença. Ela acredita que a vida religiosa é um farol para muitos que buscam sentido e acolhimento: “As pessoas precisam da nossa escuta, da nossa presença. Às vezes, só de estar junto, a gente já leva conforto e esperança”.
Silêncio, escuta e amor
Para encerrar nossa conversa, pedimos à irmã Maria de Fátima que resumisse o que a vida religiosa lhe ensinou:
- Amor: “Pelo outro, mas acima de tudo, amor a Deus”.
- Silêncio: “É saber escutar a voz de Deus no coração”.
- Escuta: “É ouvir o que Deus quer nos dizer, seja na oração ou na convivência com as pessoas”.
Em um mundo tão barulhento, ela escolheu o silêncio.
Em tempos de pressa, ela segue firme na missão de escutar, de acolher, de amar sem medida. Irmã Maria de Fátima nos lembra que a força não está no que se impõe, mas no que se doa. Ela é mais uma voz feminina que inspira outras a também viverem sua fé com coragem e autenticidade.
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