Uma criança morreu após contrair Streptococcus pyogenes. O caso foi confirmado pela Secretaria Municipal de Curitiba nesta segunda-feira (27).
A doença invasiva causada por estreptococo do grupo A (iGAS) matou uma criança de 6 anos na última sexta-feira (24) e o caso estava sob investigação.
Por conta desse caso, foi realizada nesta segunda-feira uma ação de rastreio de contatos próximos que possam ser portadores da mesma bactéria, em familiares e na escola onde a criança que morreu por Streptococcus pyogenes estudava.
A iGAS é uma infecção rara, mas grave, provocada pela bactéria Streptococcus pyogenes, presente na garganta e na pele de 5% a 15% das pessoas saudáveis.
Na maioria dos casos, causa doenças leves, como amigdalite, escarlatina ou infecções de pele. Porém, em situações raras, pode atingir a corrente sanguínea e provocar quadros graves, como pneumonia, fasciíte necrosante, meningite ou choque tóxico.
“A bactéria é a mesma de outras infecções comuns, mas a resposta imunológica pode ser diferente de criança para criança. Em alguns casos raros, o Streptococcus pyogenes pode gerar uma infecção invasiva gravíssima”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira.
Streptococcus pyogenes é transmitido da mesma foram que infecções leves
Segundo o diretor, a forma invasiva do Streptococcus pyogenes é transmitida da mesma maneira que as infecções leves, como escarlatina e amigdalite (por gotículas de saliva, secreções respiratórias ou contato direto com lesões de pele infectadas).
A Secretaria Municipal da Saúde orienta que contatos próximos da aluna fiquem atentos a sintomas como febre e dor de garganta, que podem indicar infecção por estreptococo, especialmente se acompanhados de vermelhidão pelo corpo. Nesses casos, é importante buscar atendimento médico.
Para pais e responsáveis de outras crianças, a recomendação é observar sinais de gravidade em infecções comuns, como febre persistente após 24 horas de antibiótico, sonolência, fraqueza intensa e vômitos repetidos. Segundo a médica Marion, essas infecções são frequentes na infância e, quando tratadas corretamente, costumam ter boa recuperação.
Veja como é o tratamento para estreptococo
Não existe vacina contra o estreptococo do grupo A. Porém, o isolamento por 24 horas após o início do tratamento com antibiótico e cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos e não compartilhar talheres, ajudam a evitar a transmissão.
Enquanto infecções como escarlatina e amigdalite podem ser tratadas com antibióticos comuns, os casos suspeitos de infecção invasiva (iGAS) exigem atendimento hospitalar imediato e uso de antibióticos intravenosos.
Se tiver dor de garganta e febre alta, procure atendimento médico. A pessoa diagnosticada com infecção por estreptococos do grupo A só deve voltar a frequentar a escola, creche ou trabalho após 24 horas do início do tratamento com antibiótico.
Confira como evitar contaminações por Streptococcus pyogenes
- Mantenha ferimentos (como cortes ou arranhões) limpos e esteja atento a sinais de infecção. Se um ferimento se tornar vermelho ou inchado, com secreção purulenta, ou se estiver associado com febre, procure o serviço de saúde.
- Higienizar as mãos, especialmente após tossir ou espirrar, e antes e depois de cuidar de uma pessoa doente.
- Evite compartilhar alimentos, bebidas, cigarros ou pratos, copos e talheres.
- Creches e escolas devem higienizar adequadamente os brinquedos de uso comum.
- Deixar os ambientes bem ventilados.
Fonte: Massa News