A produção de grãos no Brasil poderá atingir 269,3 milhões de toneladas na safra 2021/22. Sendo o volume 5,4% maior frente ao período anterior 2020/21, segundo as expectativas anunciadas nesta quinta-feira (07/04) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima 258,9 milhões de toneladas a serem colhidas.
O IBGE reduziu a estimativa, com base no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado em março, tendo a projeção de o país fechar 2022 com uma safra 1% abaixo (ou 2,7 milhões de toneladas a menos) da previsão feita em fevereiro. Mesmo assim, o Brasil deve ter safra recorde este ano, com uma produção 2,3% acima (ou 5,7 milhões de toneladas a mais), num comparativo com safra anterior.
O recorde anterior é de 2020, quando se produziu 255,4 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas. Segundo a Conab, a previsão é menor do que a divulgada no primeiro levantamento da companhia, que estimava 288,6 milhões de toneladas. O anúncio cita a redução de 6,7% (ou 19,3 milhões de toneladas), em relação à projeção anterior do LSPA para a produção rural.
Segundo a Conab, essa queda nas expectativas se deve às “condições climáticas adversas” observadas nos estados da Região Sul e no centro-sul de Mato Grosso do Sul, com perdas maiores na soja e no milho. O levantamento estima que a área plantada total no país é de 72,9 milhões de hectares, o que representa crescimento de 4,4% na comparação com a safra 2020/21, de acordo com o organismo.
A soja tem produção prevista em 122,4 milhões de toneladas e redução de 11,4% em relação à safra anterior. Os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e de Mato Grosso do Sul são os mais atingidos pelo recente déficit hídrico. A Conab acrescenta que a maioria dos outros estados conseguiu “produtividades superiores às obtidas na última safra, com destaque para o Piauí, com rendimento positivo de 12,7%”.
A queda foi amenizada principalmente pelo aumento de 4,1% da área semeada e alcançou 40,8 milhões de hectares nesta safra. Por sua vez, o milho deve registrar aumento de 32,7% em relação ao ciclo anterior e atingir 115,6 milhões de toneladas. Já o feijão tem a previsão de 3,1 milhões de toneladas a serem colhidas, resultado 7,6% acima do registrado na safra anterior.
Outro produto de grande presença na mesa do brasileiro, o arroz, tem produção estimada em 10,5 milhões de toneladas, sendo 10,5% inferior ao volume do período anterior. Mesmo com a redução da previsão de um mês para outro, o Brasil ainda deve ter safra recorde este ano, com uma produção 2,3% acima (ou 5,7 milhões de toneladas a mais) que no ano passado, de acordo com o IBGE.
Da redação com informações do IBGE, Conab e Agência Brasil e imagem Agência Brasil/CNA