O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou na última sexta-feira (10) que os aplicativos de bancos tradicionais devem acabar depois do avanço do Open Finance, o sistema que permite o compartilhamento de dados entre várias instituições financeiras.
“Em algum momento, talvez daqui a um ano e meio ou dois anos, você não terá mais um app do Itaú, ou do Bradesco, ou do Santander. Você vai ter um app que a gente chama de agregador”, explicou Campos Neto.
A ideia é que, no agregador, qualquer pessoa possa acessar todas as suas contas bancárias por meio do Open Finance. Além disso, vai ser possível comparar os serviços oferecidos pelas instituições financeiras, como as taxas de juros cobradas, por exemplo.
Também deve haver uma seção de investimentos, na qual será possível escolher o banco que fará a custódia de recursos cobrando menos para isso. Outros serviços, como seguros, devem ser agregados ao Open Finance no futuro, explicou o presidente do BC.
Campos Neto ainda informou que cerca de 50 a 60 milhões de brasileiros já aderiram ao Open Finance antes mesmo de terem acesso aos novos mecanismos. As declarações foram feitas no evento da MBA Brasil, realizado em Chicago, nos Estados Unidos.
Vale citar que o Open Finance já permite a migração de dados de uma instituição para outra. Porém, o Banco Central trabalha em aprimorar a biometria para que os agregadores tenham um grau de segurança maior do que o oferecido pelos atuais apps dos bancos.
Ainda segundo Roberto Campos Neto, os agregadores vão ser privados e a expectativa é que haja competição pelo canal. O presidente do BC também citou que encontrar um equilíbrio no pagamento dos custos do compartilhamento de dados é um dos desafios do Open Finance.
Da redação Portal 97 com informações InfoMoney
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