A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2022 deve totalizar o recorde de 271,9 milhões de toneladas, perfazendo um percentual de 7,4% acima (18,7 milhões de toneladas) da obtida em 2021 (253,2 milhões de toneladas). O levantamento foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (10/02) no Rio de Janeiro.
A área a ser colhida é de 71,2 milhões de hectares, registrando o crescimento de 3,8% (2,6 milhões de hectares) em relação ao ano de 2021 e 0,3% (217,2 mil hectares) maior da previsão divulgada em dezembro do ano passado. Arroz, milho e soja são os três principais produtos, somados representam 93% da estimativa da produção e respondem por 87,8% dos totais plantados no Brasil.
Os maiores crescimentos de área plantada são do milho, 5,8% a mais do que no ano de 2021 (6,9% na primeira safra e 5,4% na segunda), algodão herbáceo 7,2% e soja de 3,6%. Enquanto isso, o plantio de arroz diminui 0,9% e de trigo 1,7%. A liderança produtiva deve ser da soja, com estimativa de 131,8 milhões de toneladas, mas redução de 4,7% em relação ao levantamento de janeiro e de 2,3% da estimativa de 2021.
A produção de milho deve ser de 109,9 milhões de toneladas, com crescimento de 0,9% frente ao mês anterior e 25,2% em relação a 2021. O arroz tem estimativa de queda na produção de 4,9%, frente ao produzido no ano passado, devendo fechar em 11 milhões de toneladas. Em relação aos prognósticos de dezembro, apenas a região Nordeste apresentou aumento de estimativa no percentual 1,1%.
O maior declínio ocorre na região Sul (-5,7%), devendo somar 80,2 milhões de toneladas (29,5% do total brasileiro). O Norte teve queda de 2,6% e deve chegar a 12 milhões de toneladas (4,4% do total), enquanto o Centro-Oeste, com declínio de 0,2%, deve produzir 128,4 milhões de toneladas, ou 47,2% da produção nacional. O Sudeste deverá produzir 26,8 milhões de toneladas (9,9% do total).
Entre os estados, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,5%, seguido pelo Rio Grande do Sul (14,1%), Paraná (13,1%), Goiás (9,9%), Mato Grosso do Sul (8,5%) e Minas Gerais (6,2%), que, somados, representaram 80,3% do total nacional. Os agricultores paranaenses tiveram a maior variação negativa nos números do IBGE, com previsão reduzida em 4 milhões de toneladas.
Além do Paraná, Santa Catarina também tem estimativa de redução de 860 mil toneladas, no Tocantins menos 538,4 mil toneladas, em Mato Grosso 336,3 mil toneladas a menos e Ceará deve reduzir em 9,9 mil toneladas. Por outro lado, Piauí deve aumentar em 267,9 mil toneladas, Pará 179,5 mil toneladas, Distrito Federal 35,3 mil toneladas, Rondônia 35 mil toneladas, Maranhão 5,4 mil toneladas e Rio de Janeiro 424 toneladas.
Da redação com informações do IBGE e Agência Brasil e imagem da Agência Brasil