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Ao menos 74 corpos são levados por moradores à praça na Penha; total de mortos confirmados chega a 121

29 de outubro de 2025 - Atualizado há 2 horas atrás
5 minutos de leitura

Por P97

Ao menos 74 corpos são levados por moradores à praça na Penha; total de mortos confirmados chega a 121

Imagem de drone mostra corpos levados a praça no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 29 de outubro de 2025 — Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, levaram pelo menos 74 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais da região, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29), o dia seguinte à operação mais letal da história do RJ.

Desde terça (28), houve ao menos 121 mortes:

  • O governo havia informado em balanço na terça que havia 64 mortos, sendo que 4 eram policiais civis e militares.
  • Mas, na manhã desta quarta, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) só confirmou oficialmente 58 mortos, sendo que eram 54 criminosos. Ele não esclareceu por que o número do balanço de ontem foi alterado.
  • Já os corpos levados à praça na Penha nesta quarta não constavam nos números oficiais, informou o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira. Segundo os moradores, são mais 74 mortos.

Haverá uma perícia para ver se há relação entre essas mortes e a operação.

Corpos são levados para praça na Penha — Foto: Betinho Casas Novas/g1

Todos os corpos eram de homens, e estavam na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde se concentraram os confrontos entre as forças de segurança e traficantes.

O governador Cláudio Castro disse considerar que a ação foi um “sucesso” e que só os quatro policiais mortos são “vítimas”.

O governador não comentou os corpos encontrados pelos moradores na mata. “A nossa contabilidade conta a partir do momento que os corpos entram no IML. A Polícia Civil tem a responsabilidade enorme de identificar quem eram aquelas pessoas. Eu não posso fazer balanço antes de todos entrarem”, afirmou.

Reconhecimento na praça

O ativista Raull Santiago é um dos que ajudaram a retirar os corpos da mata. “Em 36 anos de favela, passando por várias operações e chacinas, eu nunca vi nada parecido com o que estou vendo hoje. É algo novo. Brutal e violento num nível desconhecido”, disse.

Segundo informações, o objetivo do traslado dos corpos até a praça foi facilitar o reconhecimento por parentes. Moradores os deixaram sem camisa para agilizar esse processo, a fim de deixar à mostra tatuagens, cicatrizes e marcas de nascença.

Muitos dos mortos tinham feridas a bala – alguns estavam com o rosto desfigurado. Um tinha sido decapitado, mas não se sabia como.

Depois, a Polícia Civil informou que o atendimento às famílias para o reconhecimento oficial ocorre no prédio do Detran localizado ao lado do Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio, a partir das 8h.

Nesse período, o acesso ao IML está restrito à Polícia Civil e ao Ministério Público, que realizam os exames necessários. As demais necropsias, sem relação com a operação, serão feitas no IML de Niterói.

Fonte: G1

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