A raiva voltou a preocupar produtores rurais de São Mateus do Sul. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) confirmou, neste mês de setembro, um novo caso da doença na região de Cambará do Sul. Este é o segundo registro no município em menos de dois anos — o primeiro havia sido em fevereiro de 2024. O alerta é para que a vacinação dos rebanhos seja feita com urgência, evitando perdas e riscos à saúde da população.

Em entrevista exclusiva a Rádio Cultura Sul FM, a fiscal da Adapar, Jurema Iara Luz, fez um alerta urgente à população, especialmente aos produtores rurais. “A vacinação é a única forma de prevenção. Pedimos que todos vacinem seus animais para evitar perdas e proteger também a saúde humana, já que a raiva pode ser transmitida a qualquer mamífero”, destacou.

A situação também preocupa em municípios vizinhos. Em Antônio Olinto, foram registrados 30 casos suspeitos recentemente, dos quais 18 focos deram resultado positivo, envolvendo 21 animais infectados. Os números mostram que a doença está em circulação ativa e exige redobrada atenção dos produtores.

Entre os sintomas observados em animais contaminados estão:

• isolamento do rebanho;

• engasgo ou salivação excessiva;

• dificuldade para andar, quedas e paralisia;

• movimentos descoordenados, semelhantes a pedalagem;

• e, por fim, a morte.

Nessas situações, a orientação é não abater o animal e acionar imediatamente a Adapar ou um médico veterinário. O órgão realiza a coleta de material para diagnóstico, garantindo rapidez e precisão nos resultados.

O vírus da raiva é transmitido, principalmente, por morcegos hematófagos, mas pode atingir outros animais silvestres. Por isso, além da vacinação, a orientação é usar pasta vampiricida com luvas de proteção em casos de mordidas.