O modus operandi consiste basicamente em descobrir o interesse da vítima na realização de empréstimo ou financiamento. A investigada apresentava as opções disponíveis, pedia dados e cópias de documentos e sempre alegava a necessidade de realizar alguma atualização cadastral, sendo necessário a realização de foto da vítima ou reconhecimento facial.
Para a realização de tais fotografias ou reconhecimento facial, a investigada se dispunha a se deslocar à residência ou local de trabalho das vítimas.
Em alguns casos, o empréstimo inicialmente contratado era parcialmente cumprido ou pago a maior e a investigada informava uma conta de sua titularidade para devolução de valores pela vítima, a fim de cancelar o contrato.
Em outros casos, financiamentos não solicitados pela vítima eram contratados em seu nome.
Fato curioso é que os contratos realizados sem a anuência das vítimas continham como data e horário de assinatura eletrônica o mesmo no qual a suspeita realizou o reconhecimento facial ou continha como fotografia autenticadora aquela realizada pela investigada na residência ou local de trabalho da vítima.
Diante dos elementos que apontavam para aplicação reiterada de golpes pela investigada e do risco de manutenção da prática, uma vez que estaria se valendo de sua condição de correspondente bancária para obtenção de dados sensíveis e realização de contratos sem anuência das vítimas, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva da suspeita, com fundamento na manutenção da ordem pública, a fim de evitar que outras pessoas sofressem golpes semelhantes.
Após acolhida a representação pelo Poder Judiciário, foi expedido o respectivo mandado de prisão pela Vara Criminal de Irati, ao qual foi dado cumprimento nesta manhã por Policiais da 41ª Delegacia de Irati. A investigada foi encaminhada ao Departamento Penitenciário da cidade, onde permanece à disposição da Justiça.
A PCPR reforça o pedido de colaboração da população com informações que auxiliem na prevenção e elucidação de crimes. As denúncias podem ser realizadas de forma anônima pelos números 197 e 181.
Fonte: Assessoria da PCPR
