Andreia Buerg, mãe de uma garotinha de 06 anos com Transtorno do Espectro Autista procurou a reportagem do Canal 4 TV, revoltada, para expor uma situação de agressão que sua filha sofreu nos últimos dias. Ela também procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrências.
A mãe acusa a APAE de União da Vitória com relação aos cuidados à sua filha que sofreu lesões em seu corpo, decorrentes de agressões do tipo arranhões. A APAE, por sua vez, nega tais acusações, diz repudiar violência e informou que abriu uma sindicância para investigação interna.
RELATO DA MÃE
A mãe da criança contou para a reportagem do Canal 4 TV que no dia 27 de agosto a sua filha saiu de casa, em Porto União, no transporte escolar com destino a APAE de União da Vitória. No meio da tarde, ela recebeu uma ligação da instituição que solicitou sua presença, informando que a criança havia chegado com lesões nas costas e, segundo a mãe, dando a entender que tais lesões teriam sido sofridas em casa.
A mãe questionou os fatos, uma vez que, afirma que a menina foi para a APAE em boas condições e solicitou para verificar as câmeras de segurança. Esse pedido teria sido atendido parcialmente, onde a mãe alega que não foram fornecidas imagens do momento que a criança estava no elevador.
Após isso, a mãe foi até a Polícia Civil de Porto União e registrou o boletim de ocorrências recebendo orientações. Na mesma noite, a APAE também veio a procurar os órgãos policiais e registrou um boletim de ocorrências, onde mais uma vez reiterou que tais agressões não teriam sido sofridas na instituição.
REVOLTA DA MÃE / RESTRIÇÕES
Além das lesões que a criança sofreu, outro episódio que revoltou a Andreia Buerg. Conforme ela, a APAE teria aplicado algumas restrições para atender a criança após os fatos ocorridos. A mãe disse ter sofrido retaliação com relação ao transporte e que havia sido determinado que a criança fosse submetida à revista íntima na chegada e saída da instituição.
A criança passou por exame de corpo de delito e uma ação foi movida na justiça, a qual foi acatada pelo Juiz que determina o retorno imediato da criança para a instituição. A decisão da justiça ainda deixou a mãe receosa, pois teme retaliações a menina. Andreia ainda demonstra insatisfação com a situação e questiona os motivos que impediram a instituição de lhe mostrar o restante das imagens de monitoramento. Importante salientar que a mãe da criança, Andreia Buerg, autorizou a divulgação do caso e da foto. Ela pede respostas e providências.
O QUE DIZ A APAE
A reportagem do Canal 4 TV também entrou em contato com a APAE de União da Vitória que encaminhou uma nota sobre os fatos, através da Advogada, Dra. Beatriz Marafon Silva Spak. Confira abaixo na íntegra:
“A APAE, por meio de sua Diretoria, expressa seu profundo pesar em relação aos fatos envolvendo a infante. Manifestamos, também, nossos sinceros sentimentos solidariedade com todos os envolvidos.
Rechaçamos as insinuações de que as lesões tenham sido cometidas dentro da Instituição, ao passo que reiteramos nosso repúdio a toda e qualquer forma de violência.
Manifestamos, ainda, nossa preocupação com esses episódios, e a fim de garantir a devida apuração dos fatos, a APAE imediatamente registrou um Boletim de Ocorrência e instaurou uma Sindicância para investigação interna.
No entanto, devido à legislação de proteção à criança e ao sigilo que o caso exige, não podemos fornecer mais informações sobre o ocorrido.”
Fonte: Canal4TV