A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) divulgou recentemente os dados atualizados sobre a produção de tabaco no estado do Paraná. De acordo com as informações, São João do Triunfo se destaca como o principal município produtor de tabaco do estado, liderando com 2.222 famílias envolvidas na atividade e uma produção total de 17.517 toneladas na safra de 2023/2024.
Em seguida, Rio Azul aparece como o segundo maior produtor com 1.956 famílias e uma produção de 12.823,8 toneladas. O terceiro lugar fica com Ipiranga, que conta com 1.792 famílias produtoras e uma produção de 10.558,2 toneladas.
Aqui está a tabela completa dos principais municípios produtores de tabaco no Paraná:
O ranking dos 20 maiores produtores inclui Paulo Frontin, Rebouças, Mallet, Cruz Machado, Teixeira Soares, Paula Freitas, e Antonio Olinto no 20º lugar.
Impactos climáticos e econômicos
Os paranaenses produziram 27,1% da produção sul-brasileira total. No estado, foram cultivados 73.908 hectares (+11%) com 24.580 famílias produtoras (+7,8%), gerando 137.734 toneladas de tabaco (-12%). O presidente da Afubra, Marcilio Laurindo Drescher, destaca que a produção foi fortemente influenciada pelo fenômeno El Niño, que trouxe condições climáticas adversas. “O clima mais úmido e quente afetou diretamente a produtividade. No Paraná, o aumento das chuvas e a elevação das temperaturas impactaram o desenvolvimento do tabaco”, explicou Drescher.
Preços e receita bruta
Apesar do aumento na área plantada, a produtividade caiu 22,7%, o que levou a um aumento no preço médio do tabaco. O preço médio por quilo foi de R$ 22,59 para o tabaco Virgínia (+25,3%), R$ 20,76 para o Burley (+17,8%) e R$ 16,89 para o tabaco Comum (+14,7%).
A receita bruta total dos produtores foi de R$ 11.783.348.282,81 (+7,3%), com os gaúchos contribuindo com R$ 5.263.868.368,74 (+13,6%), Santa Catarina com R$ 3.456.752.807,10 (-2,5%) e o Paraná com R$ 3.062.727.105,97 (+9,4%).
Drescher enfatiza a importância de ajustar a oferta de tabaco à demanda e manter altos padrões de qualidade. Para a safra 2024/2025, a estimativa de produção será concluída até o final de outubro, e já há sinais de que o aumento do plantio pode levar a desafios na comercialização se houver uma oferta excessiva.
Portal Cultura Sul com dados da AFUBRA
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